Ambev pretende ampliar uso de biomassa

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Preocupação em reduzir a emissão de poluentes na produção de energia para tornar unidades fabris mais sustentáveis

 

 



A preocupação em reduzir a emissão de poluentes tem incentivado os investimentos da Ambev em projetos que tornem as unidades fabris mais sustentáveis. Para que isso ocorra, a empresa vem ampliando o uso de biomassa na produção de energia. Além de reduzir a emissão de gás carbônico, a prática é considerada fundamental para atingir as metas globais estipuladas pelo grupo Anheuser-Busch InBev (AB Inbev) visando à conservação do meio ambiente. Até 2017, o uso de combustível renovável nas unidades da Ambev no Brasil deve alcançar 40%.

De acordo com a gerente de Relações Socioambientais da Ambev, Simone Veltri, o uso da biomassa para a geração de energia é crescente na empresa e vem para atender o plano global de metas estipulados pelo AB Inbev, que pretende reduzir o consumo de energia do grupo em 10% e a emissão de gases que provocam o efeito estufa também em 10% até 2017, tornando a produção de bebidas mais sustentável.

"O uso da biomassa é um trabalho que vem crescendo de forma consistente ao longo dos últimos anos. Atualmente, 37% da matriz energética utilizada nas fábricas instaladas no país são provenientes de fontes renováveis. Pretendemos chegar a 2017 com o uso da biomassa respondendo por 40% da geração de energia, disse.

A Ambev possui 33 fábricas de bebidas no país, sendo que duas serão inauguradas nos próximos meses utilizando a biomassa como principal fonte para geração de energia. Das unidades em funcionamento, nove já utilizam biomassa. São elas, Lages (Santa Catarina), Viamão (Rio Grande do Sul), Equatorial (Maranhão), Cuiabá (Mato Grosso), Cebrasa (Goiás), Agudos (São Paulo), Teresina (Piauí), Juatuba (Minas Gerais) e Itapissuma (Pernambuco).

Projetos - Para ampliar o índice de adoção da biomassa, os novos projetos das indústrias da Ambev já priorizam o uso do combustível renovável. As duas novas unidades da empresa, localizadas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e em Ponta Grossa (PR) vão iniciar as operações com a biomassa respondendo por 95% do combustível

Ainda segundo Simone, a escolha da matriz energética depende da oferta de produtos em cada região. No Piauí e no Maranhão, por exemplo, as caldeiras queimam a casca do coco de babaçu. Em Viamão, o combustível utilizado é a casca do arroz. E, nas demais unidades, o produto é o cavaco de madeira. Em algumas fábricas, como as de Agudos e de Juatuba, 100% do vapor são gerados com o uso da biomassa.

Os maiores desafios enfrentados para a adoção da biomassa se referem ao valor do frete, que é elevado, e a oferta constante e de alta qualidade da matéria-prima. Todo combustível renovável é adquirido de terceiros nas áreas próximas às indústrias.

Para implantar o uso da biomassa é feito um amplo estudo onde serão avaliadas a viabilidade econômica, a oferta e a qualidade da matéria-prima disponível na região. Esses estudos são fundamentais, principalmente, no que se refere à qualidade da biomassa a ser utilizada, que ao longo do ano pode apresentar variação, como por exemplo no índice calorífico, que varia de acordo com a umidade.

Segundo a empresa, em 2013, a utilização de biomassa permitiu que a companhia deixasse de lançar 24 mil toneladas de CO2 na atmosfera. Se este volume fosse lançado no meio ambiente, seriam necessários o plantio de 147 mil árvores para compensar a emissão de CO2.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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