Varejo de Jaú perde 272 vagas em 12 meses

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Supermercados e farmácias são os únicos setores que têm saldo positivo no período



Supermercados estão entre os maiores empregadores de Jaú: há 5,6 mil trabalhadores, praticamente metade de todo o comércio varejista; setor de farmácia também contrata Beatriz Zambonato Santos

O comércio varejista de Jaú teve saldo negativo de 272 postos de trabalho entre abril de 2015 e março deste ano. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O corte das vagas foi em decorrência da crise financeira que reduziu o apetite do consumidor para as compras.

Apenas dois setores contrataram mais que demitiram no período: supermercados e farmácia e perfumaria (veja quadro). No entanto, quando é analisado o primeiro trimestre deste ano, nem mesmo esses dois ramos escaparam dos cortes de empregos. Os supermercados tiveram saldo negativo de 24 postos e no caso das farmácias o impacto foi de 11 vagas a menos de janeiro a março.

Para o primeiro vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, as demissões no setor demoraram mais porque o ramo supermercadista é o último a sentir os efeitos da crise, mas também é o primeiro a reagir quando há recuperação da economia. Sanzovo Neto assume a presidência da entidade no início do próximo ano.

O setor é um dos maiores empregadores de Jaú. A quantidade atual de funcionários das lojas estabelecidas no Município é de 5,6 mil trabalhadores, praticamente metade de todo o comércio varejista da cidade (veja quadro).

De acordo com o representante da Abras, o montante consolidado de empregos em Jaú não é novo, porque não houve inauguração de novas lojas nos últimos anos, apenas troca de comando de algumas delas.

Hoje, as lojas possuem maior gama de produtos e também de serviços, como comidas prontas. Outro fator é que a Rede Jaú Serve possui centro de distribuição no Município, empregando maior contingente de pessoas para esse trabalho.

Custo

O assessor econômico da Fecomercio-SP, Thiago Santana Carvalho, explica que o comércio varejista é o último a sentir os efeitos da crise. Normalmente o mercado atacadista e a indústria demitem primeiro, em caso de recessão.

A queda nas vendas teve início em 2014, mas em geral o empresário do ramo varejista decidiu aguardar retomada da economia ou esperou até o último momento para demitir, porque o custo de desligar um funcionário é alto. Como em 2015 a desaceleração nas vendas continuou, a saída foi dispensar trabalhadores.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Jaú e Região (Sincomercio), José Roberto Pena, aponta um problema adicional: mais da metade das empresas está inadimplente.

O dirigente acredita que o Brasil dá sinais de recuperação, com aumento da confiança dos empregadores e dos consumidores. A tendência de melhora deve começar a ser sentida no ano que vem, mas Pena alerta que as contratações de mais funcionários ficarão para um momento posterior.



Veículo: Comércio de Jahu


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