A hora da cota flex

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Todo o consumidor já vivenciou a desagradável experiência de entrar em um ponto de venda movimentado e sair sem ser atendido. Também, já presenciou uma situação de vendedores de braços cruzados, sem ninguém para atender. Longe de ser um quadro cíclico, essas situações acontecem, pois a jornada de trabalho do varejo brasileiro conta com um quadro de funcionários acima das necessidades para determinados momentos, e menor do que o necessário em outros. E, com um quadro fixo de colaboradores, é muito difícil diminuir despesas e otimizar a mão de obra disponível quando necessário.

Apresentado ao governo federal em março último, por 15 entidades de comércio e serviços, o projeto de flexibilização da jornada de trabalho acabaria com a dificuldade setorial de não ter vendedores suficientes em dias de movimento. Além disso, a proposta gera a oportunidade de renda para jovens que estudam e para grupos de terceira idade que pretendem complementar sua renda. A medida adapta a quantidade de funcionários aos horários de pico de movimento de clientes, permitindo formas menos engessadas de contratação.

É importante esclarecer que a ideia não pretende retirar direitos dos trabalhadores, pois parte dos funcionários seguirá cumprindo a jornada fixa e o novo modelo de contratação manteria os direitos trabalhistas da CLT ? férias, INSS, FGTS etc. Os funcionários da chamada "cota flex" trabalhariam alguns dias na semana, como de quinta-feira a domingo, ou de acordo com a demanda do estabelecimento, sendo pagos proporcionalmente. Em Nova Iorque, a loja da Victoria's Secret, por exemplo, possui um cadastro de 200 vendedores que são acionados conforme a demanda.

A legislação trabalhista brasileira, criada na década de 1940 para atender ao setor industrial, precisa de revisão e modernização. Além disso, ser favorável à criação da jornada móvel para o comércio é, acima de tudo, dar uma resposta diante da crise, buscando superação e crescimento.(Vilson Noer - Presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo)



Veículo: Jornal do Comércio - RS




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