Emprego na indústria cai pelo terceiro mês seguido, diz IBGE

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Houve recuo de 0,6% na passagem de fevereiro para março. Já na comparação com março de 2014, o emprego industrial caiu 5,1%, a queda mais intensa desde outubro de 2009

 



O emprego na indústria recuou 0,6% na passagem de fevereiro para março, informou nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o terceiro resultado negativo seguido. Com o resultado, o emprego industrial acumula recuo de 3,9% em 12 meses.

Já na comparação com março de 2014, o emprego industrial apontou queda de 5,1% em março deste ano, o recuo mais intenso desde outubro de 2009 (-5,4%) nesta base de comparação. Além disso, trata-se do 42º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.

Segundo o órgão, foram registradas reduções no contingente de trabalhadores em todos os 18 ramos avaliados no período, com destaque para meios de transporte (-10,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,1%), produtos de metal (-10,2%), máquinas e equipamentos (-6,1%), alimentos e bebidas (-2,0%) e outros produtos da indústria de transformação (-8,1%).

No acumulado do primeiro trimestre, o emprego na indústria recuou 0,7% na comparação com os últimos três meses do ano passado e cedeu 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2014.

Horas pagas


O número de horas pagas pela indústria recuou 0,3% em março ante fevereiro, segundo o IBGE. Já no confronto com março de 2014, a redução no indicador foi de 5,1%, a 22ª taxa negativa nesse tipo de comparação.

Na comparação com março do ano passado, 16 dos 18 setores apontaram taxas negativas, com destaque para meios de transporte (-9,8%), produtos de metal (-10,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,4%), alimentos e bebidas (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,0%), calçados e couro (-9,5%), outros produtos da indústria de transformação (-8 6%), vestuário (-4,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-9,4%). Por outro lado, o setor de produtos têxteis, com ligeira variação de 0,1%, assinalou o único resultado positivo no mês.

Com o resultado de março, o número de horas pagas na indústria acumulou queda de 0,4% no primeiro trimestre contra o último trimestre do ano passado. Já na comparação com os três primeiros meses de 2014, o recuo foi de 5,2%, a 12ª taxa negativa seguida nesta comparação. Em 12 meses até março, o número de horas pagas na indústria cai 4,6%.

Folha de pagamento


De acordo com IBGE, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria subiu 0,1% em março ante fevereiro, já descontados os efeitos sazonais. Apesar do resultado, o índice acumula queda de 2,8% em 12 meses.

Em março, houve influência positiva do setor extrativo (11,8%), após recuo de 17,9% no mês anterior, uma vez que a indústria de transformação (-0,4%) permaneceu apontando recuo pelo terceiro mês seguido.

Em relação a março de 2014, a folha de pagamento real diminuiu 4 3% em março deste ano, a 10ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. As perdas nesta base foram registradas em 17 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para meios de transporte (-8,4%), produtos de metal (-9,1%), metalurgia básica (-9,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,6%), máquinas e equipamentos (-2,9%), calçados e couro (-8,8%), borracha e plástico (-4,0%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,5%) e produtos têxteis (-3,4%). Por outro lado, o setor de madeira (+0,3%) assinalou a única taxa positiva no mês.

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o valor real da folha de pagamento da indústria recuou 0,5% em relação aos últimos três meses do ano passado e cedeu 4,9% ante o primeiro trimestre de 2014.




Veículo: Estado de Minas


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