Genéricos crescem 10% no trimestre

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Em um momento de fraco crescimento econômico, os medicamentos genéricos seguem registrando expansão de dois dígitos nas vendas e puxando a média do setor farmacêutico no país, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base em dados da consultoria IMS Health.

 



Esse avanço, que se dá também sobre o mercado de outras categorias - remédios de marca ou referência e similares -, conforme a entidade, deve persistir até o fim do ano, elevando a pelo menos 30% o market share dos genéricos no varejo, ante 28% nos três meses encerrados em setembro e 27,3% em igual intervalo de 2013.

"Com certeza, vai atingir a marca de 30% até o fim do ano. Essa fatia poderia ser ainda maior se houvesse, por exemplo, mais velocidade na liberação de medicamentos pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], o que vale também para outras categorias de medicamentos", disse ao Valor a presidente executiva da PróGenéricos, Telma Salles. Considerando-se vendas hospitalares e compras públicas, porém, a participação de mercado já superou esse índice.

No terceiro trimestre, os fabricantes de genéricos venderam 229,8 milhões de unidades no varejo, alta de 10,1% na comparação anual. A receita, por sua vez, atingiu R$ 1,9 bilhão, 18,8% acima do valor apurado um ano antes. Esse desempenho, conforme a executiva, reduziu o impacto negativo do cenário macroeconômico nos negócios da indústria farmacêutica como um todo no Brasil.

Desconsiderando-se a participação dos genéricos, foram vendidas no país 591,6 milhões de unidades de medicamentos entre julho e setembro, com alta de 6% na comparação anual. Em receita, as vendas somaram R$ 13,04 bilhões, com expansão de 10,9%.

Em períodos de "recessão técnica" e incertezas quanto ao futuro, explica Telma, os genéricos avançam na preferência dos consumidores - por lei, esses remédios devem custar 35% menos que os de referência e, devido à forte concorrência entre os fabricantes, os descontos podem alcançar 50%. Além disso, há uma grande concentração dessa indústria em medicamentos de uso contínuo, que não deixam de ser usados mesmo em momentos de crise.

No ano até setembro, as vendas de genéricos no país somaram 645,9 milhões de unidades, com crescimento de 11%. Já as receitas totalizaram R$ 11,9 bilhões, o equivalente a alta de 9,2%. "O mercado de genéricos está consolidado no país. Portfólio e eficiência criaram mais uma opção ao consumidor", afirmou.

Conforme a entidade, os medicamentos genéricos correspondem a 24,5% da produção total de nove das dez maiores farmacêuticas no país e representam quase 22% do faturamento dessas companhias.



Veículo: Valor Econômico


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