Deflação derrubou ganhos dos supermercados

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Após começar o ano com relativa melhora, as vendas dentro dos supermercados apresentaram retração de 4,28%, em termos reais, na passagem de janeiro para fevereiro, segundo a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras). Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o incremento leve (0,22%) também ficou abaixo do esperado pelos economistas da entidade.

 

Para o presidente Abras, João Sanzovo Neto, o ritmo de crescimento das vendas ficou um pouco abaixo do esperado, resultado que reflete a deflação do IPCA Alimentos registrada em fevereiro (-0,33%), após duas altas consecutivas. “O resultado do mês também foi impactado pelo efeito calendário [fevereiro com 28 dias].”

 

De acordo com ele, o resultado não interrompe uma trajetória de melhora do setor, que teve início ano passado. “Continuamos com a perspectiva de uma retomada nos preços de alguns alimentos de forma gradativa durante 2018, acima do índice do IPCA”, argumentou o presidente.

 

Na soma de janeiro e fevereiro, conta Sanzovo Neto, o segmento supermercadista acumula alta de 1,57%, na comparação com o primeiro bimestre do ano passado. Em valores nominais, as vendas do segmento caíram 3,98% em relação ao mês de janeiro, mas subiram 2,77%, quando comparadas a fevereiro do ano anterior. No acumulado do ano, na análise nominal, as vendas cresceram 4,9%.

 

Cesta básica

 

Em fevereiro, a cesta de produtos Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou queda de -1,82%, passando de R$ 451,10 para R$ 442,88.

 

As maiores altas de preço em fevereiro foram registradas nos produtos: cebola, ovo, leite longa vida e papel higiênico. Já as maiores quedas foram nos itens: batata, frango congelado, carne traseiro e biscoito cream cracker.

 

Em fevereiro, todas as regiões brasileiras apresentaram queda nos preços. A maior queda foi registrada na Região Sudeste (-2,62%), chegando a R$ 423,45, impulsionada, principalmente, pela Grande São Paulo (-3,80%) e interior paulista (-2,76%).

 

Fonte: DCI 


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