Último painel da Convenção ABRAS traz tendências e desafios para 2020

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João Sanzovo Neto, presidente da ABRAS, abordou em sua apresentação alguns avanços importantes para o setor, como a reforma trabalhista, terceirização e, representando uma vitória importante, a lei que passou a considerar os supermercados como atividade essencial da economia do país. "Esse conjunto de mudanças vai oferecer um cenário mais favorável ao setor e permitir um crescimento significativo nos próximos anos", destacou Sanzovo.

 

O presidente reforçou que é importante que haja um trabalho focado na redução de perdas, que, além de representarem R$ 7 bilhões que deixam de entrar no bolso dos supermercadistas, moralmente também é muito ruim, pois se trata de desperdício de alimento. "É fundamental que seja feito um trabalho de educação e conscientização dos consumidores para reduzir esse número, uma vez que a maior parte das perdas ocorre nas residências."

 

Carlos Kawal, economista-chefe do Banco Safra, apresentou detalhes do cenário econômico brasileiro e mundial e as tendências em curto e médio prazos. Metaforicamente, comparou o país a uma pessoa e comentou que em 2016 o Brasil estava na UTI, respirando por aparelhos, mas sendo tratado por ótimos médicos. "No primeiro semestre deste ano, saímos da UTI. No segundo, estamos dando os primeiros passos da reabilitação e, em 2018, devemos voltar a ter uma vida mais normal com a economia num viés mais positivo", ressaltou.

 

De acordo com Kawal, o PIB do Brasil tem mostrado sinais de recuperação, assim como a taxa de desemprego, que registrou leve alta neste ano. "Mas ainda levará tempo para as famílias reduzirem os endividamentos e voltarem a ter o crédito que tiveram alguns anos atrás." Segundo Kawal, o avanço será lento e dependerá imensamente dos avanços das reformas previdênciária e tributária.

 

Augusto Lins, executivo partner da Stone, encerrou o painel abordando os meios de pagamento e as evoluções dessa modalidade. "Com as constantes mudanças no comportamento do consumidor e o processo de digitalização das compras, isso impacta as formas de pagamento, que também devem representar uma positiva experiência para o cliente"', destacou. Lins complementou que o setor está mudando basicamente em três dimensões: transparência, escolha e competição. "Os supermercadistas deverão se adaptar a esse novo cenário para se fortalecer e crescer no mercado."

 

 

Fonte: Acaps - Associação Capixaba de Supermercados


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