Mercado passa a ver contração da produção industrial brasileira em 2019

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Os economistas do mercado financeiro passaram a projetar uma contração da produção industrial em 2019, segundo o relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC).

 

Os analistas esperam agora uma queda de 0,29% na produção industrial no ano, ante previsão de alta 0,08% na semana anterior. No início do ano, a expectativa do mercado era de uma alta de 3,04%.

 

A revisão para baixo acontece após a produção industrial ter registrado queda de 0,3% em julho – a terceira queda mensal seguida. No acumulado no ano, o tombo chega a 1,7%.

 

Para 2020, entretanto, houve melhora nos números esperados pelo mercado, que passou a estimar uma alta de 2,75% na produção industrial, ante projeção anterior de 2,5%.

 

Para o Produto Interno Bruto (PIB) do país, a estimativa para 2019 permaneceu estável em 0,87%. Já para 2020, a previsão de crescimento do PIB recuou de 2,10% para 2,07%.

 

O PIB da indústria registrou alta de 0,7% no 2º trimestre, depois de dois trimestres consecutivos de queda, sustentado principalmente pela reação da construção civil e da indústria de transformação. Apesar do setor ter conseguido sair da recessão técnica, a piora no cenário externo ainda traz incertezas para o segundo semestre, em meio à recessão da Argentina, acirramento da guerra comercial entre China e Estados Unidos e temores de uma nova recessão global.

 

A produção industrial tem sido afetada em 2019 também pelos impactos da tragédia de Brumadinho (MG) na produção de minério de ferro da Vale.

 

O declínio da indústria também está relacionado a problemas estruturais do setor, como perda de competitividade, baixa produtividade e pouca participação nas cadeias globais de produção e nos setores mais intensivos em tecnologia.

 

Levantamento da economista Silvia Matos, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), publicado pelo G1, mostrou que a participação da indústria de transformação no PIB caiu 5,6 pontos percentuais entre 1995 e 2019, para o patamar de 11% – o menor percentual desde 1947.

 

Fonte: G1 - Economia

 


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