Pequenos negócios sustentam empregos

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A geração de empregos com carteira assinada em junho, embora tímida, veio dos pequenos negócios, pela quinta vez seguida neste ano, conforme análise do Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.  Foram criados 52,7 mil postos de trabalho no segmento. O número de empregos criados pelas micro e pequenas empresas em junho registrou o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos, segundo a Agência Brasil. Pelo levantamento, as médias e grandes corporações, pela segunda vez consecutiva, mais demitiram do que contrataram no mesmo período.

 

Saldo negativo nas grandes e médias

 

O saldo negativo foi de 4,8 mil empregos, no caso das médias e grandes companhias. Ao agregar o resultado da Administração Pública a esses saldo, no total foram gerados no país 48.436 postos de trabalho no país, de acordo com o Sebrae. No primeiro semestre de 2019, os pequenos negócios respondem por 387,3 mil empregos, 70 vezes maior que o saldo de empregos gerados pelas médias e grandes empresas (5,5 mil). Enquanto micro e pequenas empresas tiveram leve avanço na geração de empregos no primeiro semestre, médias e grandes reduziram o saldo.

 

No comércio, demissões

 

Na comparação com janeiro a junho passado, micro e pequenas empresas cresceram 0,8% na geração de emprego e as médias e grandes, saldo 80% menor. No primeiro semestre, pequenos prestadores de serviços sustentaram as novas vagas, respondendo pela criação de 213,8 mil postos de trabalho, 55,2% do total. Indústrias de pequeno porte assumiram a segunda posição no ranking, com criação de 56,6 mil empregos, seguidos de micro e pequenas da agropecuária (+54 mil empregos). Pequenos do comércio tiveram demissão líquida de quase 50 mil trabalhadores.

 

Liberação do FGTS é positiva...

 

Mas a esperança é a última que morre. O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP) acredita que a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), anunciada pelo governo, terá efeito benéfico para o comércio, uma vez que injetará recursos e ajudará a aquecer o setor. “O novo modelo de saques dos valores do FGTS trará estímulo à economia. Sem contar que será de grande auxílio para a quitação de dívidas de milhares de brasileiros, que poderão voltar a consumir”, analisa Ruy Pedro de Moraes Nazarian, presidente do Sindilojas-SP.

 

... para o comércio, afirma Sindilojas-SP

 

De acordo com o governo federal, a liberação dos saques deve abranger 106 milhões de trabalhadores em todo o País e introduzirá R$ 42 bilhões na economia, nos próximos meses. Para Nazarian, “a retomada do crescimento da economia depende de muitas variáveis e ações como esta são um grande estímulo e positivamente válido”. O potencial do impacto da liberação parcial do FGTS e do Pis-Pasep é tema controverso, com analistas projetando que a medida “é mais do mesmo” e insuficiente para dar à economia o ânimo necessário.

 

Liliana Lavoratti é editora de Fechamento

 

Fonte: DCI

 

 


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