Confiança do consumidor recua em julho, puxada por quem tem renda menor

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O Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuo 0,4 ponto em julho, para 88,1 pontos mantendo-se em nível baixo em termos históricos.

 

"Após subir no mês anterior, a confiança do consumidor ficou relativamente estável em julho. Houve muita heterogeneidade nas respostas: entre consumidores de maior poder aquisitivo o otimismo aumentou; entre os demais, as expectativas continuaram sendo revisadas para baixo. Aparentemente, para o consumidor de baixa renda, a preocupação com o mercado de trabalho e com a situação financeira familiar é ainda o fator de maior peso a determinar os movimentos da confiança neste ano”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens.

 

A queda da confiança em julho ocorreu em todas as classes de renda, exceto para os consumidores com renda familiar mensal superior a R$ 9.600. A confiança dos consumidores de maior poder aquisitivo subiu 4,0 pontos atingindo 93,0 pontos, influenciado pelo aumento do otimismo com a situação econômica futura e maior ímpeto para compras de bens duráveis, que chega a nível próximo a 100 pontos. Em contrapartida, as famílias com menor poder aquisitivo (até R$ 4.800) são as com menor nível de confiança e menos otimistas com o futuro.

 

Situação atual X expectativas

 

A satisfação em relação ao momento atual melhorou, enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual aumentou 1,9 ponto, para 75,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas recuou 2,0 pontos, para 97,7 pontos, permanecendo abaixo do patamar de 100 pontos pelo quarto mês consecutivo.

 

Com relação à situação presente, o indicador que mede o grau de satisfação com a economia subiu 0,9 ponto, movimento idêntico ao registrado no mês anterior. No mesmo período, as avaliações sobre a situação financeira das famílias melhoraram após dois meses em baixa. Com a alta de 2,8 pontos, o indicador atingiu 70,2 pontos, nível ainda muito baixo em termos históricos

 

Quanto às perspectivas para os meses seguintes, o indicador que mede o otimismo quanto à evolução da situação financeira das famílias foi o que mais contribuiu para a queda da confiança no mês, ao cair 4,1 pontos, para 94,9 pontos influenciando negativamente a intenção de bens duráveis cuja queda pelo 2º mês consecutivo acumula 8,0 pontos, atingindo o patamar de 83,1 pontos, o menor desde setembro de 2018 (82,3).

 

Fonte: G1 - Economia

 

 


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