PIB fecha 2018 com crescimento de 1,1%, mostra IBGE

Leia em 3min 20s

O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou 2018 com crescimento acumulado de 1,1%, em relação a 2017, na série com ajuste sazonal. É o segundo crescimento consecutivo do PIB, que soma R$ 6,8 trilhões. Os dados fazem parte das Contas Trimestrais (PIB) para o 4º trimestre de 2018 já com o fechamento do ano e estão sendo divulgados neste momento pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O PIB também fechou 2017 com expansão de 1,1%, mas nos dois anos anteriores registrou queda: 3,3% em 2016 e 3,5% em 2015.

 

O destaque foi o setor de serviços com o maior crescimento (1,3%), seguido da indústria (0,6%) e da agropecuária (0,1%).

 

O PIB per capita variou 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018. Já a taxa de investimento em 2018 foi de 15,8% do PIB, abaixo do observado em 2017 (15,0%), enquanto a taxa de poupança foi de 14,5% (ante 14,3% em 2017).

 

Frente ao 3º trimestre do ano passado, na série com ajuste sazonal, o PIB teve alta de 0,1% no 4º trimestre do ano, registrando o oitavo resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. A agropecuária e os serviços apresentaram variação positiva de 0,2%, enquanto a Indústria recuou (-0,3%).

 

Em relação ao 4º trimestre de 2017, o PIB cresceu 1,1% no último trimestre de 2018, o oitavo resultado positivo consecutivo, após 11 trimestres de queda. Agropecuária (2,4%) e serviços (1,1%) cresceram, enquanto a indústria caiu (0,5%).

 

Setor de serviços

 

Principal destaque para o desempenho da economia em 2018, o setor de serviços respondeu por 75,8% do PIB, ao registrar taxas positivas em todas as sete atividades pesquisadas.

 

Os principais destaques do setor foram registrados nas atividades imobiliárias, que cresceram 3,1%, e no comércio, com alta de 2,3%. “Essas atividades foram beneficiadas por um mercado mais estabilizado, aliadas à inflação mais controlada e ao desemprego ligeiramente menor que o do ano passado”, destacou a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Cláudia Dionísio.

 

Ainda na avaliação da gerente de Contas Nacionais do IBGE, a agropecuária também apresentou um bom resultado no ano, mesmo se mantendo praticamente estável em relação a 2017, ao crescer apenas 0,1%; enquanto a Indústria, que cresceu 0,6% vem dando sinais de recuperação.

 

No caso específico da indústria, os destaques foram as atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que subiram 2,3%. Já o destaque negativo foi a construção, que sofreu contração de 2,5%.

 

“Mesmo com a estabilidade, pode-se dizer que a agropecuária teve um resultado expressivo, uma vez que em 2017 foi o ano de safra recorde. A indústria, por sua vez, vem mostrando sinais de recuperação, embora tenha sido prejudicada por quedas nas demandas por exportação”, ressaltou Cláudia.

 

Consumo das famílias

 

Outro dado que reforça a melhora nas condições da economia do país diz respeito à despesa de consumo das famílias, que cresceu 1,9% em relação a 2017. “[Comportamento] explicado por fatores como comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do ano", explicou a gerente do IBGE. A despesa do consumo do governo ficou estável.

 

Para o crescimento de 1,1% do PIB, foram importantes os dados relativos ao valor adicionado a preços básicos, que fechou com expansão de 1,1%, em R$ 5,8 trilhões; e dos impostos sobre produtos líquidos e subsídios, com alta de 1,4% (R$ 994,5 bilhões).

 

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 4,1%, enquanto as importações de bens e serviços avançaram 8,5%.

  

Fonte: Agência Brasil

 


Veja também

Confiança empresarial recua 0,7 ponto após quatro altas consecutivas

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas caiu 0,7 ponto de janeiro...

Veja mais
Confiança do comércio cai 3,8 pontos

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 3,8 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, des...

Veja mais
IGP-M tem alta de 0,88% em fevereiro sob pressão de preços no atacado, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 0,88 por cento em fevereiro, contra varia&ccedi...

Veja mais
Produtos tiveram queda de preços de 1,05% na saída das fábricas

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos indus...

Veja mais
Taxa de desemprego volta a crescer depois de duas quedas consecutivas

Influenciada pela sazonalidade de início do ano, a taxa de desocupação do país voltou a cres...

Veja mais
Preço da cesta básica está mais caro em Sorocaba, aponta pesquisa

Uma pesquisa feita por uma universidade de Sorocaba (SP) apontou que está mais caro colocar comida na mesa na cid...

Veja mais
Confiança do comércio cai 3,8 pontos em fevereiro, diz FGV

  O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV),...

Veja mais
Confiança da Indústria atinge maior nível desde agosto, mostra FGV

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),...

Veja mais
Brasil teve 2º melhor desempenho em empreendedorismo em 2018

Cerca de 52 milhões de brasileiros em idade produtiva estavam envolvidos com alguma atividade empreendedora no an...

Veja mais