Importações sobem pouco e seguem abaixo do pré-crise

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As importações da cidade de São Paulo somaram US$ 7,870 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, um aumento de 9,3% em relação ao valor registrado em igual período de 2017. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

 

Apesar do crescimento, os gastos com produtos de outros países continuam bastante abaixo do patamar visto antes da crise econômica. Em 2013, por exemplo, US$ 10,107 bilhões foram destinados às aquisições de bens importados.

 

A mesma tendência foi vista em diversas cidades do Estado de São Paulo até setembro. Em São Bernardo do Campo, cidade com maior corrente comercial do ABC, as importações somaram US$ 2,284 bilhões, um avanço de 35% na comparação com 2017. Em 2013, entretanto, o valor das aquisições chegou a US$ 2,778 bilhões.

 

Essa trajetória também foi registrada nas compras brasileiras do exterior. Entre janeiro e setembro deste ano, foram gastos US$ 135,3 bilhões no País com produtos estrangeiros, um aumento de 21,6% em relação a igual período do ano passado 2017. Em 2013, mais uma vez, a quantia foi bastante superior (US$ 179,3 bilhões).

 

Segundo especialista consultado pelo DCI, a lentidão da retomada econômica frustrou as perspectivas para o desempenho do comércio exterior neste ano.

 

“Em São Paulo e no Brasil inteiro eram esperados números melhores, que pudessem nos aproximar do que víamos antes da crise econômica. Infelizmente, não foi isso que aconteceu”, afirmou José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

 

Segundo ele, a incerteza com o resultado da eleição é o principal motivo para o desempenho da economia. “No ano que vem, se o novo governo conseguir aquecer a atividade, é possível que as importações voltem a um patamar mais elevado” acrescentou.

 

Ele disse, entretanto, que a situação internacional pode não ser favorável em 2019. “Com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, é possível que os embarques sejam afetados, o que pode impactar inclusive os países emergentes”, explicou.

 

Sobre a situação de São Paulo, Castro afirmou que a cidade compra, principalmente, matéria-prima para a produção industrial e bens de consumo. “São dois itens que dependem muito da situação econômica para incentivar a demanda.”

 

Outras cidades

 

Os dados do Mdic mostram trajetórias semelhantes em outros municípios paulistas. Em Ribeirão Preto, as compras somaram US$ 146 milhões entre janeiro e fevereiro, contra US$ 118 milhões em igual período de 2017. Em Campinas, totalizaram US$ 2,389 bilhões neste ano, contra US$ 2,078 bilhões no ano passado. Já em Araraquara, foram de US$ 46 milhões, recuando em relação aos US$ 108 milhões registrados em 2017.

 

Fonte: DCI


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