Consumo atual está pior em 52% dos lares

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O nível de consumo atual está pior que ano passado para 52,7% dos brasileiros, segundo a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF). As dificuldades econômicas, somadas às incertezas políticas, fizeram com que 64% dos entrevistados entendessem que o momento é ruim para compra de bens duráveis.

 

Os dados fazem parte de um levantamento mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com o levantamento 44% dos ouvidos também reportaram que o acesso ao crédito está pior em 2018 quem em 2017.

 

Na média de avaliações, a intenção de consumo atingiu 85,1 pontos em julho, queda de 1,8% em relação ao mês passado. “Com os resultados de julho, a insatisfação quanto ao nível de consumo acumula 42 meses, sem grandes perspectivas se a economia não voltar a crescer de forma sustentada”, comentou o economista da Confederação, Antonio Everton.

 

De acordo com ele, a situação complexa que o País atravessa, forma um cenário de incertezas que atrapalha profundamente o varejo. “Todos os sete subíndices que compõem o indicador caíram, denotando que os consumidores ficaram mais cautelosos quando se depararam com a conjuntura desfavorável ainda reflexo da paralisação dos caminhoneiros e a desorganização da produção”, diz o economista.

 

Para a professora de varejo e especialista em comportamento do consumidor, Emília Krocks, a tensão com relação ao futuro deverá guiar as decisões do brasileiro após a eleição. “Com o País polarizado teremos sempre uma fatia significativa de consumidores insatisfeitos com o governo. As coisas só vão melhorar quando o emprego realmente reagir’, disse ela, jogando para a retomada para o segundo semestre de 2019 Com relação ao emprego, um terço das famílias sente-se mais segura no emprego atual, enquanto 29,7% relataram que as condições no emprego apresentaram-se similares às observadas do ano passado. Essa percepção deve-se à recuperação do mercado de trabalho, que, embora lenta, vem gerando empregos”, analisa Antonio Everton.

 

Fonte: DCI

 


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