Consumidor virou o ano desconfiado

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Ainda que a baixa inflação e a melhora do ambiente econômico sejam propagadas como parte da agenda positiva do governo, 84% dos consumidores acreditam que a situação atual de suas finanças segue negativa. É o que mostra um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgado ontem.

 

O estudo, feito em parceria com Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que, ao fim de dezembro, o indicador que mede a confiança do consumidor ficou em 40,9 pontos, em uma escala que vai de 0 a 100 sendo 50 a diferença entre pessimismo e otimismo.

 

Além de fechar o ano em patamar negativo, o índice apresentou recuo de 2% quando comparado aos 41,9 pontos de novembro. De acordo com a entidade, a percepção sobre empregabilidade e alto custo de vida têm inibido a percepção do brasileiro sobre as melhoras incipientes da macro economia.

 

Futuro

 

Daqui para frente, a percepção da CNDL é que haja um movimento de melhora da confiança mediante a diminuição da pressão das contas no bolso do consumidor. “Espera-se que o processo de recuperação da economia, já em curso, produza efeitos mais perceptíveis para o consumidor, melhorando a avaliação tanto do momento atual como as perspectivas para o futuro”, prevê o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, ressaltando a importância da confiança do cliente no processo efetivo de saída da recessão econômica.

 

Quando analisado apenas o Indicador de Percepção do Cenário Atual, que mede a avaliação que os consumidores sobre atual economia e vida financeira a situação ao fim de 2017 é similar a do término de 2016. O índice fechou dezembro de 2017 em 29,9 pontos, pouco acima dos 29,6 observados em janeiro, mas levemente abaixo dos 30,7 pontos que vigorava em novembro.

 

“Em termos percentuais, 84% dos consumidores avaliam de forma negativa o atual momento da economia contra apenas 2% que a consideram boa”, comenta Pellizzaro Jr.

Entre os motivos, o desemprego é citado por 33% dos ouvidos, mesmo percentual dos que citaram dificuldade em pagar as contas. A queda da renda familiar somou 14%, e 13% tiveram algum imprevisto que afetou as finanças de casa.

 

Fonte: DCI São Paulo

 

 


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