Varejo paulista cresce no 1º semestre

Leia em 2min

São Paulo - As vendas no varejo do Estado de São Paulo subiram 3,6% no primeiro semestre deste ano, o que caracteriza o primeiro sinal palpável de retomada do consumo na região. A alta, no entanto, não é o suficiente para rever as perdas sentidas nos últimos anos.

 

Os dados são da a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e apontam que o avanço injetou mais R$ 10,1 bilhões no faturamento das varejistas. Considerando os últimos 12 meses, o setor cresceu 2,7%.

 

Em junho, o faturamento real do comércio varejista paulista registrou alta de 4,7% na comparação com o mesmo mês de 2016, atingindo R$ 49,6 bilhões, cerca de R$ 2,2 bilhões acima do valor de um ano antes. Essa foi a quarta elevação mensal consecutiva e a quarta maior cifra registrada para um mês de junho desde o início da pesquisa, em 2008.

 

Somente o grupo de lojas de vestuário, tecidos e calçados sofreu queda nas vendas (-1,1%), impactando negativamente com 0,1 p.p. no desempenho do varejo em junho.

 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o aspecto mais relevante decorrente dos dados positivos apurados em junho é que "ao contrário dos meses anteriores, eles ocorreram quando o cenário político encontrava seu momento mais instável e turbulento, em decorrência da eclosão de uma nova crise política envolvendo as principais lideranças do País, com reflexos diretos sobre o mercado e contaminando o ambiente econômico com a elevação das incertezas".

 

A entidade pontua ainda que o crescimento das vendas em junho "demonstra que o ciclo de recomposição do consumo segue sólido e foi preponderante para a recuperação das vendas no comércio"

 

Com isso, a estimativa é que, diante do desenrolar dos fatos políticos, é possível se antever um cenário de menos instabilidade nos próximos meses. "As condições presentes hoje são bem menos adversas do que aquelas vigentes há um ano".

 

Com esse cenário, a entidade destaca que a manutenção da inflação, e a gradual queda na Selic são fatores determinantes para que o consumidor continue em uma trajetória de retomada do poder de compra e estimule o varejo.

 

Fonte: DCI São Paulo

 


Veja também

Ministério quer aumentar imposto para bebidas açucaradas

Brasília – O Ministério da Saúde vai apresentar no governo uma proposta para aumentar a ...

Veja mais
Varejo alimentar amortece retração no comércio

São Paulo - A alta de 0,7% nas vendas no setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e f...

Veja mais
IPC-Fipe tem alta de 0,05% na 1ª quadrissemana de setembro

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou alta de 0,05 por c...

Veja mais
Ministros defendem política econômica

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou ontem que a retomada do crescimento da economia brasileira es...

Veja mais
Setor de serviços recua 0,8% em julho

O volume do setor de serviços do Brasil caiu 0,8 por cento em julho em relação a junho e teve queda...

Veja mais
Ganho com ações deve desacelerar

Analistas projetam que a Bolsa continuará sua tendência de alta, o que significa que ainda dá tempo ...

Veja mais
Risco ligado a reformas cresce em reversão do cenário externo favorável, diz ata

Brasília - O Banco Central (BC) voltou a avaliar, na ata do último encontro do Comitê de Polí...

Veja mais
Governo sinaliza votação da reforma da Previdência e recuperação lenta

São Paulo - A prisão de Joesley Batista diminuiu a pressão sobre Michel Temer. Com um ambiente mais...

Veja mais
Vendas do varejo ampliado sobem 0,20% em julho ante junho, revela IBGE

Rio - As vendas do varejo ampliado, que incluem as atividades de material de construção e de veícul...

Veja mais