Ministros defendem política econômica

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou ontem que a retomada do crescimento da economia brasileira está com viés de alta e que o objetivo é que o País passe a crescer a taxas mais elevadas "ao redor de 4% ao ano".

 

"Nossa expectativa, e isso é muito importante, é que o Brasil já termine o ano com crescimento acima de 2%. Para o crescimento médio (2017) nossa previsão ainda é de 0,5%, mas com viés de alta", afirmou durante reunião aberta com o presidente Michel Temer, sindicalistas e empresários. "As previsões estão sendo revisadas para cima por todos os economistas", completou.

 

Segundo ele, para a entrada de 2018, o ritmo de crescimento deve ser de "3% ou superior a isso".

 

Meirelles disse ainda que ouviu todas as reivindicações de empresários e sindicalistas e que o governo trabalha em duas frentes. "Estamos de um lado resolvendo os problemas que levaram o Brasil a essa crise", disse. "As consequências que estamos enfrentando são sérias, mas não há dúvida, no entanto, que já existem resultados importantes", completou o ministro.

 

Meirelles reforçou durante a reunião aberta com o presidente Michel Temer, sindicalistas e empresários que o governo está na "direção certa" e que isso precisa ser mantido. Ele afirmou ainda que a agenda de reformas é fundamental para a recuperação econômica e retomada do emprego.

 

Na oportunidade, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, defendeu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aplique "ao máximo" seus recursos para financiamentos neste momento de crise econômica. "Ninguém fala em recursos do Orçamento, estamos falando recursos do próprio BNDES. O banco recebe cerca de R$ 80 bilhões em retorno de pagamentos e em recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) que não estão sendo aplicados. O banco precisava estar aplicando ao máximo", disse Skaf.

 

Já o presidente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit) Fernando Pimentel, defendeu que a indústria não pode voltar a viver o "dilema do câmbio", segundo o qual a valorização do real ante o dólar pode voltar a impulsionar importações brasileiras, prejudicando a atividade doméstica. Pimentel adiantou que mostraria sua posição mesmo sob o risco de "desagradar" o ministro da Fazenda.

 

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, cobrou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e outros ministros trabalhem para destravar o crédito e afirmou que os juros precisam cair ainda mais.

 

Refis

 

Ainda na oportunidade, Meirelles afirmou que o governo espera ter até quarta-feira uma proposta "equilibrada" sobre o programa de refinanciamento de dívidas de empresas, o chamado Refis. No final de agosto, o então presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia, editou medida provisória prorrogando o prazo de adesão ao Refis para 29 setembro. A adesão ao programa terminava em 31 de agosto.

 

O Refis deve garantir entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões aos cofres públicos, segundo Maia. Inicialmente, o governo estimava uma arrecadação de R$ 13 bilhões. /Agências

 

 

Fonte: DCI São Paulo


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