Mercado de trabalho obtém estabilidade

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São Paulo - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,2 ponto em agosto, atingindo 98,2 pontos. O resultado sucede uma alta de 1,5 ponto em julho.

 

"O índice mostra estabilidade nos últimos meses em torno de um nível bastante elevado, que indica uma tendência de contratação ao longo dos próximos meses" avalia Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV . Ele pondera que a "pequena variação negativa de 0,4 na média trimestral reflete uma acomodação do índice e não uma tendência de recuo do emprego" e que este deve continuar crescendo ao longo dos próximos meses.

 

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), por sua vez, avançou 0,8 ponto em agosto, aos 98,1 pontos, na segunda alta consecutiva.

 

"Apesar da redução observada no desemprego, o ICD continua em nível elevado mostrando a situação complicada do mercado de trabalho doméstico com mais de 13 milhões de desempregados", afirma o especialista.

 

"O elevado nível do indicador reflete a dificuldade do consumidor em se recolocar no mercado do trabalho. Entretanto, com a melhora do nível de atividade a tendência dos próximos meses deve ser de redução do índice", continua Barbosa Filho.

 

Quatro dos sete componentes do IAEmp variaram negativamente em agosto.

 

As maiores contribuições foram dos índices que medem a expectativa com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes, da Sondagem do Consumidor, e o ímpeto de contratações nos três meses seguintes, na Sondagem de Serviços, com variação de -5,6 e -2,6 pontos, na margem, respectivamente.

 

A classe que mais contribuiu para a alta do ICD foi a do grupo de consumidores que auferem renda familiar mensal entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, cujo Indicador de percepção de dificuldade de se conseguir emprego recuou 1,6 ponto.

 

Desemprego

 

Conforme os últimos dados divulgados oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil atingiu 12,8% no trimestre encerrado em julho deste ano).

 

O percentual foi a menor taxa registrada desde o trimestre encerrado em janeiro, quando estava em 12,6%. O País ganhou 1,439 milhão de postos de trabalho em um trimestre, ao mesmo tempo em que 721 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados.

 

 

Fonte: DCI São Paulo

 


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