Feriados no segundo semestre devem tirar R$ 2,3 bi do varejo em São Paulo

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São Paulo - Os cinco feriados nacionais que acontecerão no segundo semestre do ano (Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Finados, Proclamação da República e Natal) deverão provocar uma perda ao comércio varejista paulista de R$ 2,3 bilhões em 2017.

 

A estimativa, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), projeta que o montante perdido no período seja 17,9% maior do que o valor apresentando no mesmo recorte de 2016, quando o varejo de São Paulo deixou de faturar R$ 2,013 bilhões por conta dos feriados.

 

Dentre os setores mais atingidos, o de supermercados é o que deve contabilizar a maior perda, cerca de R$ 1 bilhão, cifra 14,5% maior em relação a 2016. "Estima-se que o segmento de 'outras atividades' perderá em torno de R$ 690,3 milhões, 18,1% superior ao valor registrado no segundo semestre de 2016", revela a Fecomercio por meio de nota à imprensa.

 

Já o segmento de farmácias e perfumarias deixará de faturar R$ 278,2 milhões, representando a maior variação em relação aos últimos seis meses de 2016, com crescimento de 31,6% em um ano.

 

O estudo revela também que devem registrar perdas os setores de lojas de vestuário, tecidos e calçados (aproximadamente R$ 277,9 milhões e 17,8% de crescimento em relação a 2016) e lojas de móveis e decoração, que perderá em torno de R$ 45,9 milhões, alta de 20,9% na mesma base comparativa.

 

Na avaliação dos economistas da federação, as perdas geradas com o fechamento de lojas durante feriados é uma das questões a ser debatida com a modernização da regras trabalhistas. "Em nome da modernização das relações trabalhistas, seria oportuno que essa questão fosse debatida, pois o excesso de proteção por meio dessa elevação de custos acaba prejudicando tanto as empresas, que acabam optando por não abrir no feriado, como os empregados, que reduzem seus rendimentos ao deixar de obter as comissões sobre as vendas", defendeu a entidade do setor varejista.

 

Cidade de São Paulo

 

No recorte feito apenas na cidade de São Paulo, a previsão da Fecomercio é de perdas da ordem de R$ 731,9 milhões, em razão dos feriados nacionais e pontes. Esse montante é 20,4% superior ao dado projetado no mesmo período do ano passado.

 

Assim como no Estado, o segmento de supermercados é o que deve contabilizar a maior perda no município. O valor será de R$ 334,6 milhões, crescimento de 17,5% em relação a 2016. Já o segmento de 'outras atividades' deve deixar de faturar aproximadamente R$ 168,2 milhões, um avanço de 19,7%, na mesma base comparativa.

 

De acordo com o levantamento, as perdas das farmácias e perfumarias da cidade de São Paulo devem apresentar alta de 36,2%, maior variação entre os setores analisados atingindo aproximadamente R$ 102,4 milhões. Também deverão contabilizar prejuízos com os feriados os segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (R$ 111,3 milhões e 17,9% de crescimento em relação a 2016) e lojas de móveis e decoração (R$ 15,3 milhões e elevação de 18,7%).

 

Nos cálculos, a FecomercioSP desconsiderou os feriados estaduais e municipais, que também devem prejudicar a atividade comercial. Na visão da entidade, após dois anos de forte recessão econômica - com retrações do PIB de 3,8% em 2015 e de 3,5% em 2016 - o número excessivo de feriados e pontes deveria ser revisto pelo governo, a fim de contribuir para o aumento da produtividade da economia.

 

 

Fonte: DCI São Paulo

 

 

 


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