País fica no penúltimo lugar em ranking

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São Paulo - O Brasil ficou no segundo trimestre com a 41ª posição em um ranking elaborado pela Austin Rating com 42 países listados, de acordo com a evolução de seus respectivos Produtos Internos Brutos (PIB).

 

Com uma taxa de expansão de 0,3% de abril a junho em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB do Brasil só ficou à frente da economia da Noruega, que na mesma base de comparação cresceu 0,20%.

 

De acordo com o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini responsável pelo ranking, se a tabela dos países segundo a evolução de suas economias pusesse ser comparada à tabela do Campeonato Brasileiro, poderia se dizer que o Brasil está muito próximo do rebaixamento.

 

Segundo Agostini, o Brasil só não ficou na última posição - a mesma que frequentou no primeiro trimestre - porque a Noruega perdeu pontos de crescimento da primeira para a segunda leitura do PIB no ano.

 

Porém, mesmo neste cenário ainda incerto, o governo e alguns setores comemoraram a alta de 0,3% no PIB do segundo trimestre, ante igual período de 2016, informada na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira variação positiva após 12 trimestres de queda. Já a alta de 0,7% no consumo das famílias brasileira, na mesma base de comparação, foi a primeira após nove quedas.

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por meio de nota, comentou que com o avanço do PIB no segundo trimestre, a economia brasileira caminha para superar a recessão e entrará no próximo ano com um crescimento "forte e constante". "Esta retomada da atividade irá se fortalecer nos próximos meses. Entraremos em 2018 num ritmo forte e constante", afirmou.

 

Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, o desempenho do PIB no segundo trimestre de 2017 é um bom sinal para a economia brasileira.

 

"O resultado veio melhor do que o esperado, que era um zero a zero, em decorrência da forte turbulência política, que arrefeceu as expectativas, principalmente do consumidor", diz Burti, em nota.

 

De acordo com ele, os crescimentos frente ao trimestre anterior e a igual período de 2016 são "acalentadores" e indicam que a projeção para o PIB no fechamento do ano pode se aproximar mais de 1% do que de 0,5%.

 

"O setor de serviços auferiu seu melhor desempenho desde o terceiro trimestre de 2013, também +0,6%", afirmou Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, também em nota. Porém, segundo ele, ainda é cedo para apontar um cenário de crescimento contínuo nos próximos trimestres. Por outro lado, ele acredita que o setor, que responde por 75% do emprego formal e 73% do valor adicionado aos preços básicos, deve contribuir para uma melhora no cenário a curto e médio prazo.

 

Da mesma forma, os economistas do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), apontam que a alta de 0,2% da atividade econômica consiste praticamente em uma estabilidade. "Estabilidade, inclusive, é o que literalmente aponta o desempenho acumulado nos seis primeiros meses de 2017 contra igual período de 2016. Portanto, é melhor aguardar o que virá na segunda metade do ano antes de definitivamente sepultarmos a recessão."

 

Os economistas do Itaú Unibanco projetam que o terceiro trimestre apresente uma ligeira alta de 0,1%. E que uma retomada robusta depende do avanço das reformas.

 

 Fonte: DCI São Paulo

 

 

 

 


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