Brasil cresce 0,2% no 2º tri, mostra IBGE, melhor que o esperado

Leia em 2min 10s

O Brasil cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre diante da recuperação do consumo das famílias em meio ao cenário de inflação e juros em queda, mas os investimentos produtivos continuaram caindo, evidenciando que a recuperação da atividade será gradual.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,2 por cento entre abril e junho passados sobre os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A boa surpresa também veio na comparação com o segundo trimestre de 2016, com o PIB crescendo 0,3 por cento, o primeiro resultado anual positivo desde o primeiro trimestre de 2014 (+3,5 por cento).

Pesquisa da Reuters apontava que a economia cresceria 0,1 por cento entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior e ficaria estagnada sobre o segundo trimestre de 2016.

 

No primeiro trimestre deste ano, o Brasil havia crescido 1 por cento sobre o período imediatamente anterior, interrompendo dois anos seguidos de recessão devido à forte expansão do setor agropecuário, mas com os investimentos produtivos ainda em queda.

 

Entre abril e junho passado, o consumo das famílias foi o grande destaque, com expansão de 1,4 por cento sobre o primeiro trimestre, primeiro crescimento após nove trimestres e movimento que pode sugerir que a recuperação econômica continua nos trilhos. Sobre o mesmo período de 2016, o consumo cresceu 0,7 por cento, ainda segundo o IBGE.

 

Inflação em queda livre e juros básicos cada vez menores explicam a recuperação do consumo, cenário que ainda deve continuar nos próximos meses. O Banco Central, desde outubro passado, já reduziu a Selic em 5 pontos percentuais, a 9,25 por cento, e já há expectativas de que a taxa vá abaixo de 6 por cento.

 

Neste cenário, o setor de serviços também foi destaque positivo, com expansão de 0,6 por cento na comparação com o trimestre imediatamente anterior, mas na variação anual, mostrou queda de 0,3 por cento.

O investimento, no entanto, continuou em contração no trimestre passado, sinal de que o crescimento deve ser bastante gradual daqui para frente diante do forte endividamento e excesso de capacidade.

 

Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 0,7 por cento na comparação com janeiro a março e despencou 6,5 por cento sobre um ano antes.

 

  

Fonte: Reuters

 

 


Veja também

Mais da metade de 93 segmentos da indústria mantém sinal de retração

Mesmo com o estancamento da queda, a produção industrial está longe de uma recuperaçã...

Veja mais
Custo de vida em São Paulo aumentou 0,41% em julho

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu 0,41% em julho, ante os 0,32% registrado...

Veja mais
PIB de serviços sobe 0,6% no 2º trimestre 2017 ante 1º trimestre, revela IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,6% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre de 2017. Os d...

Veja mais
Incerteza volta a cair em agosto, mas ainda é impeditivo para investimentos

São Paulo - O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 5,9 pontos, em agosto, aos 130,1 pontos. Ainda a...

Veja mais
Dívida bruta do País salta 20,6 pontos em três anos e alcança 73,8% em julho

São Paulo - A dívida bruta do Brasil avançou 20,6 pontos percentuais em um espaço de tr&ecir...

Veja mais
Aumento em indicador pode acelerar inflação ao consumidor

O avanço de 0,10% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) neste mês de agosto após...

Veja mais
Confiança empresarial medida pela FGV sobe 1 ponto em agosto, para 85,8 pontos

Rio - O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 1,0 ponto em agosto ante julho, alcanç...

Veja mais
Vendas têm avanço de 3,1% em julho

Indicador criado pela operadora de cartões de crédito Mastercard para medir o desempenho do consumo aponta...

Veja mais
Participação da Índia no Brasil também deve subir

São Paulo - Entre os membros do Brics, a Índia é o país com maior potencial para o crescimen...

Veja mais