Especialistas do mercado projetam uma nova queda da inflação

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Ainda sob influência do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de agosto, os economistas do mercado financeiro reduziram suas projeções para o IPCA - o índice oficial de inflação - para o exercício de 2017.

 

No Relatório de Mercado Focus divulgado ontem, pelo Banco Central (BC), a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,51% para 3,45%. Há um mês, estava em 3,40%. A projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, mesmo percentual há um mês.

 

Na prática, as projeções de mercado indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

 

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 - considerado uma espécie de prévia da inflação oficial - subiu 0,35% em agosto. O resultado ficou no piso das estimativas do mercado (de 0,35% a 0,65%).

 

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,43% para 4,30% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,52%.

 

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para agosto de 2017 caiu de 0,47% para 0,44%. Um mês antes, estava em 0,30%. No caso de setembro, a previsão de inflação do Focus foi de 0,32% para 0,31%, ante 0,33% de quatro semanas atrás.

 

Preços administrados

 

O Focus também indicou mudança na projeção para os preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 passou de alta de 6,00% para elevação de 6,30%. Para 2018, a mediana seguiu em 4,70%.

 

Produto interno bruto

 

Os economistas do mercado financeiro alteraram as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. A expectativa de alta para o PIB deste ano foi de 0,34% para 0,39%. Há um mês, a perspectiva estava em 0,34%.

 

Redução substancial

 

O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, retomou uma ideia contida nas comunicações mais recentes da instituição: a de que os dados mensais têm mostrado queda substancial da inflação desde o último trimestre do ano passado.

 

"A queda recente da inflação tem vários motivos, inclusive a ociosidade dos fatores. Mas é interessante observar que, apesar de a recessão ter se iniciado há mais de dois anos, a inflação resistiu à queda até o terceiro trimestre do ano passado", disse.

 

 

Fonte: Estadão Conteúdo


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