Alimentação controla alta da inflação em SP

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O grupo alimentação surpreendeu mais uma vez e teve peso preponderante na variação positiva de 0,22% na média dos preços ao consumidor na capital paulista, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe

 

O grupo foi empurrado na terceira quadrissemana de agosto, especialmente por quedas nos preços de leite e carnes, diz o economista da Fipe, Moacir Moken Yabiku.

 

O comportamento da alimentação, que ampliou a queda de 0,54% na segunda quadrissemana para outra de 0,91% nesta terceira quadrissemana, se configurou no principal contrapeso aos movimentos de alta. "A alimentação vem surpreendendo a cada semana", afirma Yabiku.

 

O leite longa vida ampliou a queda de 3,92% na segunda coleta de preços da Fipe para uma retração de 4,18% na terceira quadrissemana. No período de 12 meses até julho, o preço do leite acumula uma queda de 29,21%. No ano já se verifica uma alta de 1,8%. Os preços das carnes subiram na ponta do produtor. A alta foi de 11%. Esse aumento ainda não chegou no atacado, mas não deverá muito para atravessar este caminho e chegar ao consumidor.

 

No caso específico do leite e da carne, de acordo com Moacir, a boa produção deve começar a dar sinais de retração a partir de setembro por coincidir com o momento de maior desgaste dos pastos em função do inverno. Em contrapartida, o clima ameno continuará a proporcionar boas colheitas dos hortifrútis, o que contrabalançará as altas de leite e carnes. Com isso, a previsão da Fipe é de uma queda de 0,98% para o grupo Alimentação no fechamento de agosto.

 

Do lado das altas, o destaque foi o grupo habitação, que subiu 0,54% na terceira quadrissemana de agosto ante uma variação positiva de 0,26% na quadrissemana anterior. "A pressão de agosto na Habitação veio da tarifa de energia elétrica", disse Moacir.

 

A notícia ruim, de acordo com ele, é que ainda há uma boa parte da alta da conta de luz para ser incorporada ao IPC-Fipe nas próximas medições. "A nossa previsão para a Habitação em agosto é de uma alta de 0,76%, com a energia elétrica subindo 6,60% e contribuindo com 0,22 ponto porcentual para a composição do IPC-Fipe".

 

Fonte: Estadão Conteúdo

 

 


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