Alta do PIB é estimada em 8,2% em Minas Gerais

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A estimativa é de que em 2016 o agronegócio tenha respondido por R$ 204,4 bi, sendo 55,42% da agricultura

 

 


Em um ano de recessão econômica, o agronegócio de Minas Gerais manteve os resultados positivos e encerrou 2016 com crescimento de 8,2% no Produto Interno Bruto (PIB), frente a 2015, e valor estimado em R$ 204,425 bilhões. Em dezembro, foi registrada alta de 0,05% no PIB. A safra recorde de grão e de café e os preços valorizados de alguns produtos, como o milho, foram fundamentais para o resultado positivo. O PIB do agronegócio de Minas Gerais aumentou a participação na composição do resultado nacional para 13,84%, ante os 13,36% registrados no ano anterior.

 

Do valor total do PIB, R$ 204,425 bilhões, a agricultura foi responsável por R$ 113,298 bilhões (55,42%) e a atividade pecuária por R$ 91,127 bilhões ou 44,58% do valor total. O Relatório PIB Agro - Minas Gerais é publicado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com o apoio financeiro da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e apoio operacional e técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional de Minas Gerais (Senar-AR/MG).

 

Os dados do Cepea mostram que entre os segmentos que compõem o PIB do agronegócio mineiro, em dezembro, foi registrada queda no industrial de 0,23% e de 0,06% em serviço. Nos demais foram verificadas altas de 0,92% em insumos e de 0,23% para primário. No acumulado de 2016, a indústria registrou alta de 12,84%, seguida pela elevação de 8,2% em serviços, de 5,96% para primário e de 3,40% para insumos. "A alta verificada no setor industrial é muito importante por mostrar o maior beneficiamento dos produtos e esperamos continuar em crescimento", disse a coordenadora da assessoria técnica da Faemg, Aline Veloso.

 

O bom desempenho registrado no PIB foi proporcionado pela agricultura. Em 2016, o PIB do setor agrícola cresceu 19,76%, movimentando R$ 113,298 bilhões. Em dezembro a alta foi de 0,29%. Entre os produtos acompanhados em Minas Gerais, houve aumento no faturamento de importantes produtos para o Estado, como no café e no milho. No caso do café, o faturamento ficou 35,95% superior em 2016 frente a 2015, resultado de uma safra 36,42% maior no período. O preço pago pelo grão ficou praticamente estável, com pequeno recuo de 0,34% frente ao valor praticado em 2015.

 

"Em 2016, tanto a produção como o beneficiamento industrial do café foram maiores, o que promoveu o crescimento. Ainda que tenham sido registrados problemas na produção, em função do clima", explicou Aline. O faturamento do milho cresceu 27,37% em 2016. O resultado se deve à valorização de 49,08% nos preços, após uma queda de 15,56% na produção em um ano de demanda interna e externa em alta. A queda na produção se deve à estiagem que afetou drasticamente o rendimento da segunda safra do ano.

 

Resultado positivo também na produção de soja, que ficou 34,72% maior fazendo com que o faturamento crescesse 34,25%. Os preços praticados ao longo de 2016 recuaram 0,34% frente a 2015. Com a demanda em alta pelo açúcar, a produção de cana encerrou o ano com faturamento 13,09% superior. A produção ficou praticamente estável, com queda de 0,45%, enquanto os preços subiram 13,6%. "O setor sucroenergético merece destaque. A gente viu uma recuperação deste setor no último ano, especialmente pela maior produção de açúcar, aquecida tanto pela demanda interna e como externa", explicou Aline.

 

 

O faturamento do feijão cresceu 69,42% em 2016. No período, a produção do grão ficou 2,6% superior e o preço 65,13% maior. Também foram verificadas altas nos faturamentos da mandioca (104,98%), laranja (45,45%), banana (40,57%), batata-inglesa (12,64%) e algodão herbáceo (9,34%). Em 2016, houve recuo no faturamento do carvão-vegetal (22,29%), tomate (21,35%) e arroz (30,06%).

 

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas


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