Economia baiana cresceu 1,5% em 2014

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A economia baiana cresceu 1,5% em 2014. Os resultados do PIB, soma de todas as riquezas produzidas pelo estado, foram divulgados nesta sexta-feira, 27, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O índice é maior do que o PIB brasileiro, que teve um pequeno crescimento, de 0,1%, o pior resultado desde 2009

 



A agropecuária foi o setor que mais contribuiu para o número positivo da Bahia, com  crescimento de 12,5%. No Brasil, esse setor manteve-se quase estável, com uma variação positiva de apenas 0,4%. Culturas como a do milho (38,1%), do algodão (25,8%), do café (24,2%) e da soja (15,9%) tiveram aumento de produção.

Para o segundo-vice-presidente de desenvolvimento agropecuário da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, apesar das dificuldades enfrentadas por todos os setores, o agronegócio tem "carregado" a economia baiana nos últimos anos.

"Talvez tenha um pouco de retração este ano porque  o cenário é de recessão no país inteiro. Mas a diminuição será muito menor do que nos outros setores. Por tudo isso, pretendemos manter um crescimento do agronegócio neste ano", afirma Miranda.

Serviços, com crescimento de 1,8%, também puxou os resultados para cima. Alojamento e alimentação (4,9%) e transporte (3,8%) tiveram os maiores aumentos do setor de serviços, impulsionados pelo turismo e pela Copa do Mundo, segundo técnicos da SEI.

"Cerca de 67% do PIB é composto pelo setor de serviços, e nós tivemos um saldo positivo, principalmente nos setores de alojamento, alimentação e transporte", afirma a diretora-geral da SEI, Eliana Boaventura.

Indústria

Muito importante para a economia e com impacto na balança comercial, o setor da indústria fechou 2014 com queda de 1,9%, com destaque  para a indústria de transformação, que caiu 2,9%, e a construção civil, com queda de 3,3%.

"No  caso específico da indústria de transformação,  existe uma grande influência no setor de veículos automotores, que no ano passado registrou uma queda de produção, por conta de férias coletivas, mudanças na plataforma de produção de indústrias e  por causa do próprio cenário de desaquecimento da demanda interna", explica o superintendente de desenvolvimento industrial da Federação das Indústrias   da Bahia (Fieb), Marcus Emerson Verhine.

Problemas econômicos enfrentados pela Argentina, um dos principais importadores de veículos, agravaram a queda. A balança comercial do estado fechou o ano em queda, de 1,98%, e déficit de US$ 14,5 milhões.

Também foram divulgados os resultados do quarto trimestre de 2014. Em comparação com o último trimestre de 2013, o ano passado teve crescimento de 1,3% na Bahia e de 0,2%, no Brasil.

Este ano

Para este ano, a SEI espera um crescimento menor, de 1% para a Bahia. O IBGE estima queda de 0,5% nos resultados para o país. Apesar de ser ainda positivo, segundo o coordenador da SEI, Gustavo Pessoti, explica que o crescimento de 1% para a Bahia ainda será consequência do agronegócio. "Os cortes no orçamento em nível federal vão chegar a todos os estados. Ainda há retração da atividade comercial, já tivemos  um resultado mais fraco neste trimestre".



Veículo: A Tarde - BA


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