Sapato brasileiro ganha espaço para enfrentar chinês

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                                     Cotação do dólar eleva competitividade e indústria aposta em vendas para Oriente Médio




A valorização do dólar e o fraco desempenho das vendas no Brasil têm feito os calçadistas brasileiros gastar as solas dos sapatos na busca por novos mercados, principalmente o asiático.Durante a feira alemã GDS (Global Destination for Shoes), em julho passado, 29 etiquetas desembarcaram nos estandes da cidade de Düsseldorf, sede do evento.

Membros do projeto Brazilian Footwear –braço da Apex-Brasil, agência federal que promove ações de incentivo às exportações–, grifes como West Coast, Cravo & Canela e Beira Rio venderam, segundo a agência, quase R$ 10 milhões.

Espera-se que esse valor, ainda abaixo dos R$ 21 milhões conquistados na edição do ano passado, aumente e anime os empresários. Na feira Francal, uma das maiores do segmento realizada anualmente em Franca, no interior paulista, as indústrias amargaram uma retração de 44% nas vendas no comparativo com a edição de 2014."A maioria das vendas acontecerá nos próximos meses, a partir do que negociamos com os compradores quem vêm à Alemanha", diz o executivo de vendas Giuseppe Del Vecchio."O Oriente Médio é bastante interessado no produto brasileiro, em especial a Arábia Saudita, que hoje reconhece nosso calçado como sendo mais confortável se comparado ao da China."

RECONQUISTA

Responsável pelo setor de exportações do grupo Priority, que detém as marcas West Coast e Cravo & Canela, Del Vecchio diz que os empresários estão empenhados na "reconquista dos mercados internacionais, que foram deixados de lado devido à falta de competitividade dos nossos sapatos com o real valorizado".

Um sapato de ambas as marcas foi comercializado na feira por um preço médio de R$ 56, próximo aos R$ 30 da média chinesa.Os Emirados Árabes representaram mais da metade das vendas da marca paulista Toni Salloum, que não divulga números de vendas.

Por sua vez, Kuait e Israel foram um respiro para a marca catarinense Suzana Santos. Segundo Manoela Santos, responsável pela internacionalização da marca, o interesse maior é pelas sapatilhas, produto de valor agregado menor se comparado à vasta oferta de saltos altos da marca, porém mais baratos –custam, em média R$ 55.

As grifes europeias, por sua vez, ainda enxergam com bons olhos o mercado brasileiro. A Birkenstock, grife alemã de sandálias com palmilhas flexíveis, confia em produtos mais baratos para iniciar neste mês sua primeira operação na América Latina, em São Paulo.

A marca francesa Kart, especializa em acessórios estampados, também procura maneiras de entrar no país e estuda parcerias com investidores.




Veículo: Jornal Folha de S.Paulo


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