Lâmpadas fluorescentes e de LED têm alta na demanda

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Os recentes aumentos nas tarifas de energia elétrica têm feito aumentar a demanda por lâmpadas fluorescentes ou de LED (diodo emissor de luz, na tradução para o português). Apesar de mais caros, esses modelos reduzem o consumo de eletricidade em até 88,5% em relação aos incandescentes, além de terem durabilidade superior. Em fevereiro, a conta de luz em São Paulo ficou 31,9% mais cara. No sábado, a AES Eletropaulo aplicará reajuste médio de 15,23%.

A demanda irá aumentar ainda mais, pois, desde ontem, os comerciantes de todo o País estão proibidos de comercializar lâmpadas incandescentes de 60 watts, que eram bastante utilizadas em residências. Os modelos desse tipo com potência superior foram sendo retirados do mercado gradativamente, desde 2012. A portaria que estabelece os limites para encerramento das vendas foi publicada pelo Ministério de Minas e Energia no fim de 2010.

Gerente comercial de uma loja de materiais elétricos no Centro de Santo André, Marigildo Fabretti afirma que, há cerca de cinco anos, a cada dez lâmpadas vendidas, nove eram incandescentes. “Hoje, a proporção é inversa. Além disso, a participação das lâmpadas de LED vem aumentando no mercado. Para cada quatro eletrônicas que vendemos, uma é de LED.” Para dar conta da demanda, o estabelecimento oferece mais de 5.000 variedades de produtos de LED.

Em outra loja, também em Santo André, as lâmpadas incandescentes ainda têm alta procura, mas já não estão estocadas há cerca de cinco meses em razão da proibição. “Esse modelo é muito procurado por pessoas com poder aquisitivo menor ou que precisam da iluminação para um serviço temporário, como uma obra, por exemplo”, comenta o gerente Guilherme Diniz.

Por gerarem calor, as lâmpadas incandescentes precisam de mais energia para a iluminação. Assim, um modelo tradicional de 60 watts corresponde a um fluorescente de 15 watts ou um de LED de 7 watts, todos com a luminosidade equivalente. Por esse motivo, a economia de eletricidade varia de 75% a 88,5% (veja quadro nesta página).

O professor Reinaldo Lopes, de Energia Elétrica da FEI (Fundação Educacional Inaciana), ressalta a diferença na durabilidade. “A incadescente tem vida útil de 1.000 horas, aproximadamente, enquanto a fluorescente dura 8.000 horas e a de LED, mais de 50 mil. Portanto, é um investimento que compensa.”

O coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia, Wânderson de Oliveira Assis, destaca que as lâmpadas de LED também reduzem os gastos com instalação. “Com o consumo menor de energia, é possível utilizar fiações com bitola menor ou usar o mesmo fio para alimentar mais circuitos.”



Veículo: Jornal Diário do Grande ABC - SP



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