Desaceleração da economia reduz a procura por serviços nos pet shops

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Com 28 unidades em operação, a Cobasi, rede varejista de produtos para animais de estimação, deve manter o crescimento registrado em 2013 e prevê mais três lojas até o final do ano

 



Na contramão da indústria dos produtos para animais de estimação, que somente este ano deve registrar crescimento superior a 8%, redes de pet shop começam a sentir impactos negativos do mercado brasileiro. O segmento tem visto queda na procura de serviços.

Com a projeção de faturar R$ 16,4 bilhões este ano, a categoria já representa cerca de 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB), informou a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).

Entre as companhias que preveem crescimento mais tímido este ano está a Cobasi. Com 28 lojas em operação - todas próprias -, a varejista segue mais cautelosa com relação ao mercado, como disse a gerente de marketing da rede, Daniela Bochi. "Não estamos tão otimistas quanto a indústria, já que 2014 não está sendo um ano favorável para o varejo como um todo", destacou ela.

Conforme a executiva, o segmento pet foi impactado principalmente pelo baixo desempenho da economia brasileira, o que levou a companhia a manter o mesmo crescimento do ano passado, sem registrar alta no volume de vendas. "Foi um ano ruim para todos os segmentos. Não deixamos de crescer, já que mantivemos os índices vistos ano passado".

Expansão

Com um público diário superior a 1.500 pessoas em cada unidade, Daniela afirmou que os planos de investimento da companhia não foram alterados, tanto que perspectiva da marca é chegar a 31 lojas, ainda este ano. "Mesmo com o varejo desacelerado, mantivemos o nosso plano de expansão. Até o final do ano vamos inaugurar a 31ª unidade. Além disso, criamos a marca Pet Fácil - loja de bairro - que chegará a quatro unidades em 2013", afirmou.

Para o próximo ano, a Cobasi quer ampliar suas lojas e investir nas regiões Sul e Centro-Oeste. Com forte atuação no Estado de São Paulo, uma nova unidade foi aberta no Rio de Janeiro, onde a companhia já contava com duas lojas. "A expectativa é de cinco a 10 novas lojas ano que vem, mas ainda não decidimos em quais locais eles serão abertas".

Plataforma on-line

Com a projeção de faturar mais de um R$ 1 milhão este ano, a Petfarma, importadora e distribuidora de medicamentos virtual diz estar otimista. Com atuação no mercado varejista e de venda direta ao consumidor, a companhia, que atua no comércio de medicamentos e suplementos para pets, prevê crescimento de superior a 100% em 2014, além de 60% no próximo ano.

"As grandes distribuidoras foram as que mais sentiram os impactos negativos da economia. Para as pequenas, o movimento ajudou a estimular a competitividade por preços melhores", contou um dos representantes da companhia, Ronald Glanzmann.

Hoje, 50% do faturamento da rede é fruto dos produtos importados, já os outros 50% estão divididos entre venda direta e negociação com o varejo. "Recebemos em média 400 pedidos ao mês. Além disso, trabalhamos com produtos de alto valor agregado, com venda sob prescrição médica".

Segundo Glanzmann, o mercado animal possui grande potencial de crescimento no Brasil, já que atualmente o País possui a segunda população de pets no mundo.

"Temos mais cachorros e gatos, do que crianças com até 17 anos. Isso se reflete no número de veterinários que é a maior do mundo, sendo seguida pela Rússia e Estados Unidos", finalizou.

Ferramenta digital

Marketplace de produtos animais, a 4 Pets é outra companhia que está atenta ao potencial de crescimento no setor. Com mais de 30 companhias do segmento da plataforma virtual, entre alimentação e medicamento, a marca aposta agora na Integra Vet, novo braço da marca criado para desenvolver sites de comércio eletrônico (e-commerce).

"Criamos a companhia, pois tínhamos uma limitação com as tabelas de preço de algumas empresas no marketplace", disse a coordenadora comercial da marca, Mariana Matazo.



Veículo: DCI


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