Fumil fabrica panelas há mais de 40 anos

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Produção hoje é de 70 toneladas de produtos acabados por mês e meta é terminar 2015 com 100 toneladas/mês



Seja sobre um fogão a lenha, um moderno cooktop ou um fogão industrial, as panelas de ferro sempre tÊm espaço nas cozinhas brasileiras. Cheios de charme e com grande capacidade para reter o calor, os diferentes modelos são ideais para os mais variados pratos, desde os triviais aos mais sofisticados.

Há mais de 40 anos no mercado, a Fumil, instalada em Divinópolis, no Centro-Oeste, se dedica à fabricação de panelas de ferro. A empresa, que começou como atacado em ferragens, pouco tempo depois viu na fabricação uma opção de negócios. De acordo com o diretor-geral da Fumil, José Agostinho Ferreira Vaz, hoje são quase 200 itens produzidos entre panelas, chapas, caldeirões, frigideiras e sanduicheiras.

"Vendíamos ferragens, mas tínhamos muita dificuldade em encontrar panelas de alumínio de boa qualidade. Vimos nessa carência uma boa oportunidade. Começamos com o alumínio fundido e depois passamos para o ferro, fabricando móveis. Foi em 1980 que achamos o nosso real mercado: os utensílios para cozinha em ferro. Na época praticamente não havia concorrência. Fomos aprimorando modelos e o processo de fabricação. Hoje fazemos desse pioneirismo nosso diferencial. Buscamos todo o tempo ouvir nossos clientes e atender seus desejos e necessidades. Criamos novos produtos entendendo o que o mercado quer", explica Vaz.

Boa parte da produção de 70 toneladas de produtos acabados, em média, por mês é vendida para o Estado de São Paulo. Outros compradores importantes são os demais estados do Sudeste e os do Sul. A meta é chegar ao fim de 2015 produzindo 100 toneladas ao mês.

O mais recente lançamento foi uma penela para risoto. Inspirada nas moquequeiras ela promete se tornar hit entre chefs de cozinha e gourmets. "O risoto é o queridinho dos restaurantes. Já tínhamos a panela de fazer moqueca que é um grande sucesso. Por sugestão de clientes, evoluímos o modelo para fazer risoto", afirma o diretor-geral da Fumil.

Comando - À frente de uma equipe de 80 pessoas, o empresário começa a preparar a Fumil para a sucessão. Embora nem os seus filhos, nem os herdeiros dos outros sócios estejam dentro da empresa, uma consultoria já foi contratada para preparar o plano para a primeira troca de poder da história da Fumil. "Ainda temos alegria de continuar trabalhando, mas uma hora é preciso pensar nessas questões. A empresa já tem 45 anos e esse momento chegou. Temos orgulho de nunca ter atrasado salários ou entregas. Queremos preservar essa história de honestidade e lealdade sem esquecer que quase nunca foi fácil", relembra o gestor.

Ainda de acordo com ele, os resultados de 2014 devem se manter estáveis em relação ao ano passado e isso não pode ser considerado tão ruim. "Nos preparamos para o pior. As previsões para a Copa do Mundo, com tantos feriados, eram de desastre. Se não conseguimos o resultado ideal, também não foi tão ruim assim. Nosso pico de vendas é no inverno e isso foi mantido apesar da Copa", destaca.

Mas o que tira, mesmo, o sono do empresário é a falta de mão de obra. A atividade tradicional da fundição não tem atraído os jovens, que precisam ser formados dentro da própria empresa. "Esse é um setor que depende muito das pessoas. Trabalhamos com dois tipos de moldação artesanal e semimecanizada que precisa de mão de obra. Temos aqui funcionários com 45 anos de casa, mas também só com 30 dias. A rotatividade é alta. Na parte técnica trazemos pessoas formadas em Itaúna (também no Centro-Oeste), mas nem sempre é fácil", reclama.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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