Setor de brinquedos enfrenta importados

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A indústria de brinquedos declarou guerra contra os importados neste ano para retomar uma maior participação nos carrinhos de compras dos brasileiros neste ano. Redução das margens, aumento dos lançamentos e busca de todas as faixas de preços são algumas estratégias utilizadas. O resultado já está sendo sentido nos pedidos para o Dia das Crianças e Natal, que geram projeções de crescimento na produção nacional da ordem de 10%.

Segundo projeções da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), somente o Dia das Crianças deverá significar uma alta na produção de 14%. Para o Natal, a expectativa é de crescimento de 12%. Em termos de faturamento, a previsão é de aumento de 11,7%, de R$ 8,5 bilhões para R$ 9,5 bilhões. As vendas do Dia das Crianças deste ano deverão movimentar R$ 3,5 bilhões e as do período natalino outros R$ 3 bilhões, perfazendo quase 70% de todo o montante do ano.

Segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, o setor conseguiu se destacar mesmo em um momento negativo para a economia em decorrência de uma série de fatores. Um deles é a estratégia de tomada de mercado dos chineses. Neste ano, a participação dos brinquedos brasileiros no mercado nacional deverá ser de 55%. No ano passado foi de 50%.

Margens menores - Para aumentar o market share, os empresários reduziram os preços dos brinquedos vendidos ao varejo em uma média de 18%, mesmo com o aumento dos custos de produção. Ou seja, os fabricantes estão abrindo mão de parte das margens de lucro. Outra tática adotada é um lançamento de maior número de brinquedos. Somente no intervalo entre o Dia das Crianças e o Natal deverão ser lançados cerca de 300 brinquedos. "Uma grande preocupação nos lançamentos deste ano é com o tíquete médio dos brinquedos. As famílias estão com a renda comprometida então precisamos ter produtos a preços mais acessíveis para não perdermos vendas", afirma.

Com o lançamento de 210 produtos, as projeções da Estrela são de um crescimento de 25% no Dia das Crianças deste ano, segundo o presidente da empresa, Carlos Tilkian. "Montamos uma coleção muito forte o que está nos ajudando muito na performance deste ano", afirma. Ele explica que a empresa tem uma preocupação de produzir brinquedos a todos os preços, até mesmo inferiores a R$ 30, para atingir todas as faixas de renda.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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