Os brinquedos brasileiros devem ganhar mercado neste ano em decorrência da falta de apoio por parte do governo da China aos fabricantes do produto daquele país.Essa é a análise do presidente da Abrinq (associação brasileira dos fabricantes), Synésio Batista, que acabou de retornar da Ásia, onde se reuniu com executivos do setor de Hong Kong.
"O novo governo chinês [de Xi Jinping, que assumiu o comando em março de 2013] fez uma opção de priorizar tecnologia. As empresas de brinquedos passaram a pagar altos encargos", diz.A elevação do preço da mão de obra também deve favorecer a indústria nacional.
Em 2008, os importados chegaram a dominar 61,6% do mercado. Quatro anos depois, eles haviam recuado para 48%. Em 2012, os chineses foram responsáveis por 83,2% dos brinquedos que entraram no Brasil."A expectativa é que, em cinco anos, tenhamos [a indústria brasileira] 70% do mercado nacional", afirma
Para este ano, a projeção é aumentar a participação em três pontos percentuais. A estratégia será disponibilizar lançamentos, diz Batista.
Veículo: Folha de S. Paulo