Açaí será vendido com selo de qualidade

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O anúncio foi feito ontem em reunião de batedores com Zenaldo Coutinho



O açaí vendido em Belém vai ter selo de qualidade. Esse é mais um instrumento de informação ao consumidor, garantindo que o produto comercializado é de confiança. Ele será afixado nas paredes de cada estabelecimento que segue as normas corretas de manipulação do produto. O certificado de qualidade do açaí foi anunciado ontem durante uma reunião entre o prefeito Zenaldo Coutinho, fiscais do Departamento de Vigilância Sanitária do município e estado, representantes da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) e da Secretaria Municipal de Economia (Secon) e com o presidente da Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel), Carlos Noronha. A preocupação aumentou depois que a vigilância sanitária fiscalizou vários estabelecimentos e encontrou muitos problemas com a manipulação do produto, como a mistura do fruto com acetona ou tapioca e a falta de branqueamento.

“Com o selo, vamos proteger o bom batedor de açaí, com suas boas práticas de manipulação, e o consumidor. E a nossa preocupação aumentou após serem identificadas várias práticas péssimas com o fruto. O selo será o certificado de qualidade do açaí. É uma parceria entre os órgãos de saúde do município e do estado, a Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), Secretaria de Economia, entre outros. Vamos fazer ações integradas para que possamos fiscalizar e emitir o selo. Essa será uma informação a mais de que o produto comercializado passou por todas as práticas higiênicas possíveis e não irá prejudicar a saúde”, afirmou o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, garantindo que o selo de qualidade do açaí começará a ser distribuído em agosto. “Durante o mês de agosto, os batedores de açaí que já fazem as boas práticas vão ganhar o selo. Também vamos determinar um prazo para que os outros se adequem e façam o procedimento de maneira correta, utilizando a máquina de branqueamento. Vai ser  tolerância zero ao não branqueamento do produto”, comentou.  

O presidente da Avabel, Carlos Noronha, explicou que o tanque de branqueamento serve para esterilizar o açaí. “O batedor coloca o fruto em uma água a 80°C por dez segundos. Tira dessa água e joga na água fria, amolecendo o produto. Depois, ele coloca na máquina para bater. Nesse processo é garantinda a qualidade do açaí”, detalhou.

A Região Metropolitana de Belém possui mais de cinco mil batedores de açaí. Desse total, apenas 200 possuem a máquina de branqueamento. “Mas nada impede o batedor de garantir um açaí de qualidade ao consumidor. O batedor tem acesso à linha de crédito tanto do Credcidadão como do Banco da Amazônia. Ambos com linha de crédito com juros baixos. Ele terá na linha de crédito o prazo de três meses para começar a pagar o empréstimo. Ou seja, há recursos para que o batedor possa ter acesso ao equipamento. No entanto, ele não precisa usar apenas a máquina. Ele pode fazer o branqueamento de maneira artesanal. Com panelão, fogão, um termômetro. Claro que dificulta um pouco, mas pode ser feito manualmente. Além disso, o espaço físico onde é feito esse produto também é importante. Não pode ser de madeira e os objetos não devem ser de plástico”, comentou Carlos Noronha. 

Para o secretário estadual de agricultura, Andrei Castro, o selo é uma forma de instruir os consumidores a comprarem o produto com o certificado de qualidade. Ele também lembrou que a reunião serviu para ver uma forma de garantir os tanques de branqueamento para cada batedor. “Vamos procurar dar estrutura para que os batedores consigam o selo. O governo já fez isso ao doar 100 tanques de branqueamento aos batedores. Também vamos aumentar a fiscalização e os que não estiverem qualificados dentro do prazo determinado serão penalizados”, explicou.



Veículo: O Liberal - PA


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