Demanda por carne premium deve subir

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A retomada da economia e do consumo deve impulsionar o mercado de carnes premium no País. A demanda por esse tipo de produto tem na geração “millennial” parte significativa de seus consumidores.

 

“Este é um mercado em franco desenvolvimento, comparável ao que acontece com o de vinhos de alta qualidade, por exemplo”, explica o professor titular aposentado da Universidade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, Pedro de Felício.

 

Segundo ele, é considerada premium a carne bovina proveniente de animais que tenham pelo menos 50% de sangue de raças britânicas, conhecidas pela maciez e pela gordura entremeada.

 

Para ele, a demanda no mercado nacional também tem sido puxada pelos millennials e pessoas de até 40 anos com poder aquisitivo e interesse em adquirir produtos de maior valor agregado.

 

Para Felício, porém, o preço pouco convidativo praticado no varejo representa uma barreira ao aumento do consumo desses produtos. “O ideal é que custassem o dobro do valor de uma carne comum, mas, em muitos casos, o preço praticado é duas ou três vezes maior”, avalia o professor.

 

Parte da dificuldade de atender esse mercado é que apenas os cortes nobres conseguem ser vendidos com valores mais altos e que compensam um eventual custo mais elevado de produção. “É preciso ter animais com boa quantidade de gordura para agregar valor também aos cortes do dianteiro”, argumenta Felício. Ele acredita, contudo, que a oferta de animais para abate com perfil para a produção de carne premium tende a aumentar.

 

Embora o Brasil seja o maior exportador de carne bovina do mundo, o País importa a variação “gourmet” de países como Austrália, Argentina e Uruguai, por exemplo, para atender à demanda por produtos de maior qualidade. No ano passado, o Brasil adquiriu 21,2 mil toneladas desses países.

 

JBS

 

Nesta quarta-feira (03), a JBS Carnes anunciou o lançamento da marca de carne premium 1953 – em referência ao ano de fundação da companhia. Até então, esse tipo de produto da companhia era destinado apenas aos restaurantes.

 

“Acreditamos muito no potencial deste nicho no varejo e estamos trabalhando para fortalecer a facilidade de acesso do consumidor para esse tipo de produto”, disse, em nota, o presidente da JBS Carnes no Brasil, Renato Costa.

 

A expectativa do grupo é que a nova marca represente 30% das vendas totais da JBS no segmento de carne bovina premium ao final do primeiro trimestre deste ano.

Os 14 cortes da 1953, que incluem variações como baby beef, bife ancho e de Chorizo, vão chegar a 400 varejistas do Rio de Janeiro e de São Paulo neste mês. De acordo com a empresa, será destinada para a nova marca a carne de novilhas e de machos castrados.

 

Fonte: DCI São Paulo

 

 


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