Drogarias e cosméticos seguram as vendas

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                             População belo-horizontina está comprando o estritamente necessário e produtos de baixo valor agregado.

Após trajetória de quedas consecutivas das vendas ao longo neste ano, o comércio varejista na capital mineira não está otimista em relação aos resultados no final do ano. A previsão é de retração de 2,5% a 3,5% dos negócios, conforme o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) Marco Antônio Gaspar. No entanto, alguns segmentos têm se destacado em meio ao cenário de dificuldades, como o de drogarias, perfumes e cosméticos, cujas vendas cresceram 4,77% de janeiro a setembro deste ano ante mesmo período do ano passado.

Sobre o bom desempenho desses setores, Gaspar explica que tanto a mulher quanto o homem não deixam de comprar cosméticos, pois os preços unitários são baixos e, na maioria das vezes, não há necessidade de parcelamento da compra. Ele ressalta também que por meio de pesquisas é constatado que o consumidor que passa por algum tipo de problema, como a crise econômica no País, por exemplo, busca melhorar a autoestima por meio da compra de produtos relacionados à estética.

Um fato interessante, de acordo com o vice-presidente da CDL-BH, é que parte dos componentes usados na fabricação de cosméticos é importada e que o preço do dólar está alto. "Pode ser que o lojista esteja vendendo um volume menor, mas o faturamento é maior em função do aumento dos produtos".

Já na comparação de setembro com o mês anterior, as drogarias, perfumarias e empresas de cosméticos registraram aumento de 1,65%. O melhor resultado foi verificado na análise de setembro de 2015 com igual mês do ano passado, quando as vendas do setor cresceram 5,09%.

Brinquedos - Na contramão do cenário recessivo e de perdas, outros setores também foram destaques em desempenho no período, como o de artigos diversos que incluem brinquedos, material fotográfico, computadores e acessórios, artefatos de borracha e plástico, discos e fitas, óticas, caça e pesca, cutelaria e material esportivo, cujas vendas subiram 2,56%, além dos supermercados e produtos alimentícios (0,82%).

Por outro lado, alguns setores apresentaram queda como o de veículos novos, usados e peças (-8,28%), máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-6,58%), tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-6,45%), ferragens, material elétrico e de construção (-6,50%) e papelarias e livrarias (-5,28%).

As vendas do setor sofreram retração de 0,91% em setembro deste ano ante o mês anterior. O resultado é atribuído à queda a pressão inflacionária sobre a renda das famílias. "Em agosto, a taxa de inflação estava em 0,22%, mas foi para 0,54% em setembro. Por menor que seja o aumento, o impacto é sentido diretamente no bolso do consumidor", explica Gaspar.

Já na comparação setembro deste ano com o mesmo mês de 2014, a queda as vendas do varejo chegou a 2,94%. No acumulado do ano, o resultado também foi negativo (-3,29%). De acordo com Gaspar, os dados mostram o efeito da desaceleração da atividade econômica no comércio.

 



Veículo: Diário do Comércio - MG


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