Fabricante de produtos de higiene e limpeza conseguiu alavancar vendas com mudança na estrutura. Este ano, entretanto, avanço será mais tímido



São Paulo - A mudança no modelo de gestão da fabricante de escovas Condor, que garantiu o crescimento nos últimos anos, não deve ser suficiente para evitar a redução nas estimativas de venda para este ano.

"Estamos no meio da revisão de projeção de crescimento para este ano, que deve ser menor, mas ainda continua crescendo", conta o diretor-geral da fabricante, Alexandre Wiggers. No ano passado, a receita líquida da fabricante registrou alta de 9,39% em relação a 2013.

Segundo ele, a estratégia para manter a expansão das vendas este ano é continuar investindo em um portfólio amplo, nos três segmentos em que atua. O faturamento ainda é liderado pela linha de produtos de limpeza, seguida por higiene bucal e beleza.

"Com a reformulação geral da equipe de vendas, o lançamento de novos produtos e a mudança na estrutura de canais de venda nos últimos quatro anos, acreditamos que conseguiremos crescer mesmo em um cenário adverso", afirma.

A equipe comercial da Condor foi reestruturada há quatro anos, com a contratação dos representantes de venda, que antes negociavam produtos de mais de uma empresa.

Wiggers acredita que essa mudança foi o principal fator que impulsionou as vendas da empresa nos últimos anos.

Ele reconhece, entretanto, que mesmo com as vendas em alta e uma equipe própria para o comercial, houve uma queda no volume de encomendas pelos varejista em relação ao último ano.

"Nesse cenário, o caminho tem sido avançar sobre a concorrência, já que o mercado não está crescendo", observa.

O principal ganho em participação no mercado tem vindo das linhas de produtos de higiene e beleza. "A venda desses produtos tem registrado bom desempenho esse ano, mesmo com o mercado mais retraído. Mas a competição por preços nessas categorias é maior", pondera Wiggers.

Investimento

Para manter a competitividade, a Condor aposta na oferta de novidades que atraiam o consumidor final ao varejo.

"Não paramos o ritmo de inovação, porque achamos que é cada vez mais importante ter eficiência e presença no ponto de venda, que se traduz em giro de produto", comenta.

Os recursos para financiar o desenvolvimento de novos produtos e ampliar a fábrica, cita ele, vêm principalmente de fundos de financiamento do governo. "Dependemos de recursos de terceiros para financiar investimentos", revela.



Veículo: Jornal DCI