País vai produzir matéria-prima para fraldas e absorventes

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                                  Investimento de R$ 1,5 bi, unidade da Basf inaugurada na Bahia pode ter efeito positivo de US$ 300 milhões na balança comercial



O equivalente a duas colheres de chá de polímeros superabsorventes é suficiente para deixar seca uma fralda descartável. Mas até então esse produto tão usual no dia a dia de muitas famílias brasileiras era importado dos EUA.

No maior investimento da indústria química brasileira nos últimos 20 anos, a multinacional alemã Basf inaugurou nesta sexta (19), com a presença de Dilma Rousseff, um complexo acrílico com três fábricas no Polo Industrial Camaçari (40 km de Salvador).

O complexo, que vai trabalhar em escala mundial, produzirá ácido acrílico e acrilato de butila, usados como insumos para indústrias de detergentes e tintas. E também vai produzir pela primeira vez na América Latina os chamados polímeros superabsorventes, usados em fraldas e absorventes íntimos descartáveis para transformar líquido em gel.

Num investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão que levou três anos para ser erguido, o complexo vai gerar 230 empregos diretos e será a maior fábrica da Basf no Brasil.O projeto também vai representar novo impulso para diversificar a produção do Polo Industrial de Camaçari, que não recebia um investimento de tal porte desde a chegada da Ford, em 2001.

"Esperamos que mais investimentos cheguem com esse nosso complexo", diz o presidente da Basf para a América do Sul, Ralph Schweens.Assim que a Basf anunciou que iria construir o complexo, a Kimberly-Clark decidiu erguer uma fábrica para a produção de fraldas, inaugurada há dois anos em Camaçari.

GARGALO PORTUÁRIO

Com uma expectativa de impacto da ordem de US$ 300 milhões na balança comercial, a fábrica da Basf vai priorizar o mercado interno, já que a demanda nacional hoje é suprida por importados.

Para distribuir a produção, a multinacional vai trabalhar com o transporte dos produtos em navios de cabotagem pelo porto de Aratu, em Candeias, também na Região Metropolitana de Salvador.

O principal porto baiano, contudo, está com 97% da sua capacidade ocupada no terminal de líquidos e gasosos --situação que preocupa executivos da Basf.Aratu foi incluído no programa de concessões de Dilma. Na solenidade, a presidente prometeu um tratamento "especial" ao porto.

Para o economista e professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia) Owsaldo Guerra, a inauguração do complexo será uma "lufada de renovação" no principal polo industrial da Bahia. "É o empreendimento mais significativo do Polo de Camaçari, que vinha num processo de definhamento por falta de vantagens competitivas."



Veículo: Jornal Folha de S.Paulo


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