Uso de aplicativo estimula a venda de bebidas

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Para acompanhar a maior busca do brasileiro por informações sobre cervejas, vinhos e cachaças, empreendedores criam soluções tanto para o e-commerce quanto para parcerias com varejistas

 

 

São Paulo - Com a mudança no hábito de consumo do brasileiro, que cada vez mais busca se informar nas plataformas digitais antes de finalizar a compra, aplicativos que fornecem informações técnicas sobre bebidas alcoólicas vêm ganhando popularidade no País. O conceito é simples: basta fotografar o rótulo para obter dados sobre vinhos, cervejas e até cachaças, com funcionalidades como comparação de preços e avaliações.

 

Precursor, o aplicativo Vivino, criado nos EUA, atua com versões em português, espanhol, francês, italiano e alemão, além do inglês. O software tem um banco de dados com mais de 10 milhões de vinhos, 23 mil deles brasileiros. "Sempre pensei que os críticos de vinho não poderiam simplesmente analisar todas as garrafas do mercado. Mesmo que conseguissem, a avaliação do consumidor é tão importante quanto", disse ao DCI o CEO da empresa, Heini Zachariassen. A plataforma, com mais de 20 milhões de usuários, tem um sistema de ranking por estrelas, que vai de 1 a 5.

 

Genuinamente brasileiro, o e-commerce de vinhos Evino apostou no desenvolvimento de um aplicativo próprio, lançado no começo de 2016. Disponível só para iOS, a plataforma tem mais de 20 mil downloads e a meta é alta de 10% em sua receita por meio do app no primeiro ano.

 

 

E os amantes de cerveja?

Sentindo falta de algo semelhante ao Vivino, mas para cerveja, o paulista Leduar Staniscia criou no fim de 2015 a beHoppy, plataforma que fornece informações técnicas sobre cerveja. "Queremos explorar esse mercado com o público. Temos 8 mil cervejas e, se descobrirem uma nova, poderão registrar no aplicativo", diz o fundador, ressaltando que a própria equipe busca novos rótulos, mas trabalha com os tradicionais. Para o futuro, Staniscia avalia se afiliar a estabelecimentos comerciais, como alternativa para monetizar o negócio, diferente do Vivino, que se mantém com a receita do e-commerce lançado após o aplicativo.

 

Quem também quer uma fatia deste mercado é a rede social para mestres cervejeirosBeer Plus. Lançado neste ano, a ideia veio após os amigos convencerem o engenheiro mecânico Sidnei Conradt a compartilhar de alguma forma seu catálogo manual de cerca de 15 mil cervejas. "Nosso foco é ajudar o consumidor a escolher a cerveja", diz Conradt. O app tem cerca de 4 mil usuários, e a meta para 2017 é fazer parcerias com bares, restaurantes e cervejarias.

 

 

Sabor brasileiro

Tipicamente brasileira a cachaça também está no radar de empreendedores. "O consumidor está entendendo mais sobre cachaça, sobre como guardá-la e consumi-la", diz a sócia-fundadora do portal Cachaciê, Ana Laura Guimarães. Ela conta que criou o aplicativo com o sócio Paulo Henrique Silva Guimarães para afastar da cachaça o estigma de bebida barata. O app, que também funciona através de fotos do rótulo, tem cerca de três mil usuários ativos e mais de mil cachaças cadastradas. A plataforma recebeu apoio do Sebrae, que investiu R$ 90 mil no desenvolvimento do aplicativo. Daqui para frente, o plano é entrar no e-commerce.

 

Arthur Henrique

 

Fonte: DCI - São Paulo


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