Associações regionais supermercadistas somam forças para abrir mercado para vinhos brasileiros

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da esq/ p/ dir Diego Bertolini, gerente de Marketing Ibravin, e José Nogueira Soares Nunes, vice-presidente da Abras e presidente da Amis.


Reuniões realizadas durante a feira da Apas buscam fortalecer ações com os canais de vendas em cada região do país. Evento rendeu mais de R$ 4,5 milhões em prospecção de negócios de vinhos, espumantes e sucos.


Assinado em outubro do ano passado, o acordo de cooperação para promoção dos vinhos brasileiros assinado entre o setor vitivinícola nacional e as entidades representativas dos supermercados, distribuidoras e importadores está tomando corpo e desencadeando o desenvolvimento de ações na base do mercado varejista.


Durante a feira da Associação Paulista de Supermercados (Apas), realizada na semana passada (entre 6 e 9 de maio) , no Expo Center Norte, em São Paulo, foram realizadas reuniões entre executivos do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e dirigentes das associações estaduais supermercadistas. O objetivo foi o de alinhar ações que irão colocar em prática as metas estabelecidas com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), signatária do acordo.


Paralelamente, as oito vinícolas que apresentavam seus produtos no estande Vinhos do Brasil (Basso, Cave Antiga, Gran Legado, Lidio Carraro, Nova Aliança, Perini, Peterlongo e Sinuelo), fechavam negócios com empresários de redes varejistas de diferentes regiões do país. No levantamento feito pelo Ibravin junto aos expositores, cerca de R$ 4,5 milhões foram negociados para o fornecimento de vinhos, espumantes e sucos. O montante é semelhante ao total prospectado duas semanas antes, na Expovinis Brasil, realizada no mesmo local.


As conversas para o desenvolvimento de termos de cooperação específicos para cada região foram feitas com dirigentes das associações de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Brasília. "O foco é tirar o acordo do papel. Já existe o interesse de algumas grandes redes nacionais, mas estamos nos aproximando das associações dos Estados para conseguirmos chegar às redes de varejo regionais", explica o gerente de marketing do Ibravin, Diego Bertolini.


Para o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), também integrante da vice-presidência da Abras, Antonio Cesa Longo, o vinho nacional tem potencial e qualidade para atingir o patamar dos espumantes brasileiros que, nos supermercados do Rio Grande do Sul, atingem cerca de 97% de participação da categoria. "O vinho gaúcho tem 60% das vendas das adegas dos supermercados do Estado, mas este percentual é menor no restante do país e em setores como hotelaria e restaurantes", lembra Longo.


Já o vice-presidente da Abras e presidente da Associação da Mineira de Supermercados (Amis), José Nogueira Soares Nunes, acredita que promover uma abertura de mercado maior será o grande desafio. "No cenário atual não tem jeito, temos que unir forças, pois para as vinícolas sozinhas fazerem o trabalho comercial é muito difícil. Vejo com muita simpatia esse trabalho de aproximação e podemos ajudar a fazer a comunicação fluir", observou.


Estratégias já estão sendo alinhadas. "A ideia é aumentar a comunicação e consolidar esse movimento de união de forças com os canais de venda. Iremos planejar um mix de ações que abrangerão promoções comerciais, projetos compradores, capacitação entre outras atividades", explica Bertolini. Ele informa que aproximadamente 70% das vendas de vinho no mercado interno é efetivada nos supermercados.


O vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais da ABRAS e coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Vinhos (GTT Vinhos), Marcio Milan, pondera que agora inicia-se uma nova etapa no desenvolvimento do acordo através do comprometimento das associações estaduais de supermercados que irão sendo gradativamente engajadas no processo. Ele também observa que a comunicação uniforme, coordenada e adequada é de fundamental importância para aumentar o consumo anual de vinhos de 1,9 para 2,5 litros por habitante, até 2016. "A comunicação é de responsabilidade deste grupo de trabalho, com base no Acordo de Cooperação, e a ideia é de se comunicar com as lojas de supermercados em primeiro lugar", declara Milan.


Sobre o Acordo de Cooperação


O acordo de cooperação entre os produtores de vinhos brasileiros e as principais associações de importadores e os supermercadistas foi formalizado em 19 de outubro de 2012, em Brasília, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O documento estabelece medidas para o crescimento do mercado de vinhos finos no Brasil bem como a ampliação do volume de produtos nacionais.


A Abras, a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e a Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba), em conjunto com as entidades vitivinícolas brasileiras, estabeleceram diversas metas que estão sendo desenvolvidas e acompanhadas por um grupo de trabalho formado por profissionais das entidades.


O acordo prevê a cooperação entre as partes para ampliação do consumo, redução dos tributos incidentes sobre o vinho, bem como apoio para os pedidos do setor de securitização das dívidas agrícolas e redução dos estoques de produtos vitivinícolas. As partes também assumiram compromissos pontuais. As associações representativas dos importadores de vinhos comprometeram-se a buscar a ampliação para 25% da presença de vinhos finos brasileiros nas redes dos supermercados e para 15% nos demais estabelecimentos varejistas por meio de parcerias entre importadores e vinícolas nacionais. Da parte do setor de supermercados, o compromisso é de trabalhar para a ampliação do espaço de exposição e promoção dos vinhos finos nacionais nas lojas.


O objetivo destas ações é buscar a comercialização de 27 milhões de litros de vinhos finos brasileiros em 2013 crescendo paulatinamente até atingir 40 milhões de litros em 2016. Esse volume ampliará o consumo per capita de 1,9 para 2,5 litros.



Fonte: Assessoria de comunicação da Ibravin

 


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