Sem reforma da Previdência, impostos tendem a aumentar, diz ministro

Leia em 1min 50s

Rio — Eduardo Guardia, o atual ministro da Fazenda, indicou que a aprovação do texto sobre a reforma da Previdência deve ser uma prioridade no próximo governo. Para ele, caso não haja nenhuma mudança no sistema previdenciário já no início de 2019, uma das alternativas para sanar o atual problema fiscal do país será o aumento de impostos.

 

— Sem a aprovação da reforma, a pergunta que deverá ser feita no próximo governo é a seguinte: que impostos vamos aumentar para resolver o problema fiscal? — indicou o ministro, em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira. — Temos um desequilíbrio entre receitas e despesas. Ou corta-se despesas ou aumenta-se receita. O que defendemos é o corte de despesas, por isso apontamos a urgência na reforma.

 

Guardia pontua que, além do problema fiscal, o texto de reforma proposto pelo governo de Michel Temer também busca levar mais equidade entre os sistemas público e privado.

— O texto que está no congresso não trata apenas da questão fiscal, também elimina privilégios. Desta forma, a reforma é uma questão de justiça fiscal e social.

 

O ministro criticou um possível fatiamento do texto da reforma da Previdência. Ele pontuou que, caso a aprovação seja feita em etapas, não soluciona definitivamente os problemas pelos quais o Brasil passa.

 

— O fatiamento da reforma não permite resolver os problemas que temos de enfrentar. Precisamos aprovar uma reforma, no meu entendimento, muito semelhante, se não a mesma, que está hoje no Congresso.

 

Aumento de impostos

 

Durante a entrevista, Guardia também falou sobre a carga tributária do país. Ele foi contundente ao dizer que é contra o aumento de impostos para a população, mas indicou que é necessário rever alguns incentivos fiscais já concedidos.

 

— Foram concedidos muitos benefícios fiscais ao longo dos anos, e alguns setores, atualmente, pagam pouco imposto. Deveria ser feita uma avaliação dos custos benefícios desses incentivos dados para que conseguíssemos uma carga tributária mais simples e distribuição mais igualitária.

 

Fonte: O Globo/RJ

 

 

 


Veja também

Pães industrializados ganham espaço no carrinho de compra dos brasileiros

Há dois anos fazendo sucesso entre os consumidores e apresentando uma performance positiva, os pães indust...

Veja mais
Trigo: Apesar das importações elevadas, preço segue firme no BR

A comercialização de trigo tem ganhado certo ritmo em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, mas ...

Veja mais
Brasileiros se dizem preparados para supermercados sem caixa

Os consumidores brasileiros estão cada vez mais confiantes para fazer compras online e consideram-se preparados, ...

Veja mais
GS1: Lançamento de produtos em novembro indica otimismo da indústria

O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial apresentou crescimento de 33,8% na comparação com o m&e...

Veja mais
Consumo: Crianças ditam regras para o Natal, diz pesquisa da CNDL

Cinco em cada dez pais deixam os filhos participarem, em alguma medida, do processo de escolha dos presentes que as cria...

Veja mais
Previdência Social: Informalidade pode ser obstáculo a sistema de capitalização

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, cogita implementar um modelo de aposentadoria baseado na capitalizaç...

Veja mais
Safra pode atingir 130 mi em 2018/19

A produção brasileira de soja pode ficar entre 123 milhões e 130 milhões de toneladas na tem...

Veja mais
Black Friday: Tentativa de fraude recuou em 2018

A edição de 2018 da Black Friday registrou menos tentativas de fraudes na comparação com o a...

Veja mais
ABC: Vendas no comércio de bairro caíram 50% na região

Comodidade. Essa é a primeira palavra dita quando se fala em comércio de bairro. Ainda, o relacionamento e...

Veja mais