Comércio de BH apura terceira alta consecutiva

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O segundo semestre começou com um indicador positivo para o comércio de Belo Horizonte. As vendas cresceram 0,17% em julho na relação com igual mês do ano passado. Apesar de tímida, essa é a terceira alta consecutiva na base comparativa interanual: na relação maio 2017/maio 2016 o crescimento foi de 0,68%, enquanto na comparação junho 2017/junho 2016 houve elevação de 0,11%. As informações constam do Indicador de Vendas divulgado ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). 

 

“O arrefecimento na queda nas vendas levou a esse crescimento. É um bom resultado”, avalia a economista da CDL-BH, Ana Paulo Bastos.  Segundo ela, esse desempenho é atribuído à queda da inflação, à redução dos juros e ao decréscimo do desemprego, cenário que incentiva o consumo.

 

No acumulado do ano – janeiro a julho –, as vendas recuaram 1,03% na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas a economista informa que houve uma redução do ritmo da queda. No ano passado, nesse mesmo período, a queda foi de 1,67%. Em 2015, também no acumulado de janeiro a julho, a redução foi ainda mais acentuada e ficou em 3,13%.

 

Em relação aos últimos 12 meses, houve redução de 1,18% nas vendas. Nessa base comparativa, foi a queda menos acentuada do ano.

 

Na passagem de junho para julho, a retração nas vendas no comércio varejista de Belo Horizonte foi de 0,55%. De acordo com análise da CDL-BH, a redução ocorreu porque junho é uma base forte devido ao Dia dos Namorados.

 

A previsão da CDL-BH é que o setor chegue ao fim do ano com o crescimento de até 1,72% frente a 2016. A economista Ana Paula Bastos ressalta que esse resultado vai depender muito do comportamento da economia e da retomada definitiva dos índices de emprego. Um indício positivo foi o crescimento do PIB. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia avançou 0,2% no segundo trimestre deste ano. “Aguardamos também o aumento do investimento produtivo, que gera emprego e renda, aquecendo a economia e o consumo”, diz a economista.

 

Setores - De acordo com o levantamento da CDL-BH, na comparação anual (julho 2017/julho2016), os setores que tiveram crescimento foram: vestuário e calçados (4,63%); artigos diversos – incluem acessórios em couro; brinquedos; óticas; caça –  (4,34%); supermercados (4,07%); papelarias e livrarias (2,51%); drogarias e cosméticos (+2,4%). Em queda aparece o segmento de móveis e eletrodomésticos (-0,85%).

 

Ana Paula Bastos explica que esses últimos itens têm maior valor agregado, sendo que as famílias ainda estão adiando as compras de produtos com tíquete médio mais elevado.

No acumulado do ano, o único setor que apresentou crescimento de vendas foi drogarias e cosméticos, com elevação de 3,40%. Os demais segmentos tiveram as seguintes quedas: artigos diversos (-1,72%); móveis e eletrodomésticos (-1,66%); supermercados (-1,07%); vestuários e calçados (-0,55%); material elétrico e de construção (-0,49%); veículos e peças (-0,23%); papelarias e livrarias (-0,03%).

 

Já na passagem de junho para julho, dois segmentos apresentaram queda: móveis e eletrodomésticos (-0,98%); drogarias e cosméticos (-0,29%). Os que tiveram alta foram: supermercados (0,86); veículos e peças (0,75%); material elétrico e construção (0,72%); artigos diversos (0,57%); papelaria e livrarias (0,38%), vestuário e calçados (0,03%).

 

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 

 


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