Mercado de vendas online faturou R$ 9,75 bilhões no 1º trimestre

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                                                                                      E-commerce supera números da venda no varejo.

As vendas no setor do e-commerce não param de crescer no Brasil, mesmo diante do contexto de instabilidade econômica. Segundo dados do E-bit, o mercado faturou R$ 9,75 bilhões, no primeiro trimestre de 2016, e vem se fortalecendo frente ao varejo offline. Ao todo, foram 24,45 milhões de pedidos via internet, nesse período. O tíquete médio também aumentou 7%, passando de R$373 para R$399. Para 2016, estima-se que o comércio eletrônico cresça 8%, em conseqüência do aumento das compras via dispositivos móveis.

De olho na expansão do e-commerce, empresas de segmentos que, em geral, não costumavam oferecer o serviço, investiram em projetos para tentar arrematar parte dos dividendos desse mercado. Um exemplo é a Loja Elétrica – especializada em materiais elétricos –, que tem um canal virtual de vendas.

A página possui mais de 1.000 produtos cadastrados, como fios, cabos, disjuntores, lâmpadas, luminárias, ferramentas, reatores, eletroeletrônicos, protetores de surto, entre outros. Segundo a supervisora da Loja Elétrica, Caroline Mattos, o projeto foi criado com o objetivo de conquistar novos mercados, “o comércio eletrônico tem crescido muito, e essa é uma oportunidade de levar a loja a lugares nos quais ela não está presente fisicamente, oferecendo a mesma qualidade”, afirma.

Outra empresa que resolveu investir no setor é a rede de supermercados Super Nosso. Com investimento de R$ 1,5 milhão, a rede lançou, em meados de 2013, um sistema de compras pela internet. Os pedidos são feitos pelo site da empresa (24h), ou por telefone (de 8h às 20h). A entrega é realizada no período que o cliente escolher (manhã, tarde ou noite), num prazo máximo de 24 horas após a compra.

Atualmente, a equipe do Super Nosso em Casa conta com 96 pessoas, englobando os setores de tecnologia, operação, atendimento e entrega. A rede atende toda a região metropolitana de Belo Horizonte, sendo que o volume maior de compra é registrado na capital. Em média, são 2500 pedidos por mês. De acordo com ele, as estratégias para que isso aconteça são cuidados com o consumidor e a realização de ações para fidelização deles. Alex pontua que os itens mais vendidos pela internet são, geralmente, voltados para a família. Em segundo lugar, produtos femininos e masculinos têm mais saída, seguidos de produtos da linha gourmet e importados.

De acordo com o gerente de e-commerce e Marketing Digital do Grupo Super Nosso, Alex Prado, trata-se de uma operação complexa, que exige excelência tanto na qualidade dos produtos, quanto no atendimento. Mas, segundo ele, os resultados compensam. “Nosso objetivo é prover uma compra rápida, fácil e uma experiência agradável para os clientes, estejam em casa ou em qualquer outro local”, explica Alex.

Outra empresa atenta ao crescimento do comércio eletrônico é a Água Fresca Lingerie. Já conhecida no mercado, a marca conta com cinco lojas físicas tem investido no comércio online desde o início de 2015. O canal de vendas recebeu investimento inicial de R$ 200 mil e aumentou 5% no faturamento do grupo. “O e-commerce veio somar. Além de oferecermos ainda mais praticidade aos clientes que já temos, conseguimos expandir nosso alcance de vendas. Hoje, não há limite de espaço que impeça alguém de adquirir nossas peças, atendemos mais de sete outros estados”, destaca a diretora do grupo AFL, Juliana Moraes.

Na loja virtual são vendidas, exclusivamente, peças da marca Água Fresca Lingerie, além de contar com um espaço para outlet, apenas com peças em promoção. “Existe uma sintonia entre as lojas físicas e a virtual, elas se complementam. A mesma filosofia que rege nossas vendas presenciais é responsável pela entrega zelosa do produto à cliente do e-commerce”, afirma Juliana. A empresária ainda conta que recebe clientes nas lojas físicas que fizeram a pesquisa de produtos e preços online que vão até a loja para conferir o produto mais de perto.

Para quebrar as barreiras a venda online da lingerie, a grife adotou políticas que facilitam a compra e a troca das peças. “Hoje o consumidor tem direito a primeira troca grátis e também a desistência da compra em até 7 dias após o recebimento do produto.”, explica.

 



Veículo: Site Jornal do Brasil

 


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